por Alberto André
O Certificado de Depósito Interbancário, conhecido como CDI, nada mais é do que a taxa que determina o rendimento anual de diversos tipos de investimento. Resumindo, trata-se de um título de curtíssimo prazo emitido pelos bancos, a fim de captar recursos. Sigla utilizada para caracterizar os empréstimos feitos entre as instituições financeiras, o CDI está ligado aos juros dessas transações, que darão origem a uma tarifa intitulada DI, com o objetivo de fazê-las fechar o caixa diariamente no positivo.
Considerado um dos principais indicadores do mercado financeiro, o CDI funciona como referência para diversos investimentos de renda fixa e podem pagar entre 80%, 90%, 100%, 110%, 120% e até mais. Existente no mercado desde 1980, o CDI visa aumentar a liquidez de uma instituição financeira, uma vez que por determinação do Banco Central, todo banco necessariamente precisa encerrar o dia com saldo positivo, isto é, com mais dinheiro entrando do que saindo.
Mas, o que acontece quando o saldo é negativo? Neste caso, a instituição precisa fazer um empréstimo para cobrir a diferença e, com isso, emprestam dinheiro entre si. Lembrando que a garantia dos empréstimos são títulos públicos, assegurando assim que os bancos consigam pagar suas respectivas dívidas e compromissos, além de resguardar o patrimônio dos clientes. E, como todo empréstimo envolve juros, essa operação entre bancos segue a Taxa CDI.
Calculada e divulgada diariamente pela Cetip, a Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos, a taxa CDI baseia-se nas operações realizadas na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Por isso, é válido destacar que o CDI não é um investimento, ou seja, ele é apenas utilizado como referência para a rentabilidade dos investimentos. Ademais, o CDI está atrelado à Selic — taxa básica de juros da economia brasileira — que funciona como uma medida para os juros dos CDIs praticados pelos bancos, fazendo com que estes a acompanhe.
Portanto, o CDI acaba sendo a base de todo investimento de renda fixa e normalmente quanto maior o período investido, maior a taxa oferecida. Mas, afinal, vale a pena investir em renda fixa como CDB, LC, LCA e LCI? Isto, somente você poderá responder! É necessário avaliar quais são os objetivos e, principalmente, o seu perfil de investidor. Além disso, atenção: cada investimento, seja renda fixa ou variável, possuem significados diferentes em cada estratégia de carteira, não à toa existem momentos de altas e de baixa em ambos, por isso a diversificação de ativos é essencial.
Alberto André é CEO do Plusdin, fintech que ajuda brasileiros a tomarem as melhores decisões financeiras para suas vidas, com transparência e segurança.