Jojo Todynho divulgou em suas redes, o método de emagrecimento ao qual está se submetendo para perder medidas. Ocorre que, a declaração da famosa, gerou polêmica, uma vez que ela está fazendo uso de uma injeção que auxilia no emagrecimento: Ozempic.
A medicação virou febre entre aqueles que perseguem a perda de peso. A grande questão é que são medicamentos destinadas para o controle da diabetes e que, portanto, por possuírem efeitos colaterais de grande relevância, podem afetar a saúde física e mental.
Principalmente, quando existe um abuso e excesso nessa utilização. A automedicação é o fato mais estarrecedor. Tanto que, já se sabe que muitos jovens estão auto aplicando essas injeções, sem orientação médica, na busca pelo corpo perfeito.
Isso nos leva a refletir quais são os impactos e motivações psicológicas deste contexto?
Por que essa maximização do belo e perfeito, ganha apoio em potencial, popularizando-se com a utilização exagerada de diversos métodos ou receitas para que a pessoa se sinta bem em detrimento da saúde física e mental?
Os medicamentos para controle da diabetes, provocam o aumento dos hormônios que elevam a produção insulínica, que de fato podem ajudar no emagrecimento.
No entanto, não são indicados para essa finalidade exclusiva e o uso sem controle médico pode trazer consequências inesperadas para o usuário, como: pancreatites, depressão, falência renal, ansiedade generalizada, distúrbios mentais desconexos e demências.
Esses exageros, seja por ingestão de substâncias ou qualquer outro método, destacam o desejo da perfeição e o medo de serem julgados ou mesmo de envelhecer, estabelecendo um senso de estética e padronização do seu perfil pessoal.
Uma perseguição desenfreada, por uma imagem que renegue sua aparência, dentro de uma falsa realidade, promovida por um engano estabelecido, sem qualquer acompanhamento médico ou mesmo cuidado com a saúde do corpo e da mente.
Fato é que, somos bombardeados nas mídias e redes sociais, por um mercado crescente de inúmeros produtos que prometem resultados rápidos, instantâneos e mágicos, como: o corpo sequinho daquela famosa ou famoso que está em evidência no momento ou o rosto sem sinais daquela influenciadora digital.
Mas onde foi parar o senso crítico, o aceite do biotipo, o amor próprio e a autoestima do ser humano que encara essas armadilhas e arrisca tudo para ficar dentro dos padrões de estética e beleza aceitáveis?
Enfim, é preciso cautela e orientação de um profissional de saúde, por ser inevitável os equívocos e exageros quando não se leva em conta o psicológico do indivíduo que vive a partir de uma realidade corporal distorcida.
Muitas vezes, alimentado pela insatisfação com a aparência, uma baixa autoestima e, possível depressão, a partir da desconstrução do real.
Rejeitando o amor próprio e evidenciado os mais variados complexos, camuflados por uma necessidade de reconhecimento, sem responsabilidade com o que pode vir a sofrer de efeitos colaterais.
Portanto, respeite os seus limites e coloque sempre sua saúde e segurança em primeiro lugar, buscando elevar sua autoestima e a aceitação pessoal.
Dra Andrea Ladislau / Psicanalista