Você sabia que, de acordo com estimativas da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS, 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão?
No Brasil, são mais de 11 milhões de casos. Em 2019, a doença fez crescer o número de suicídios no mundo, sendo responsável por 1 em cada 100 mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os números são um alerta, porque além de resultar em óbitos, a depressão afeta a qualidade de vida, produtividade e, até mesmo, o sono dos pacientes. Desde noites de insônia até mais de 12 horas dormidas, os efeitos dessa doença são ainda mais preocupantes.
Mas qual a relação entre o sono e a depressão? E como enxergar quando algo está errado? Continue acompanhando este texto e descubra!
O que é depressão?
Considerada um distúrbio de saúde mental, a depressão interfere negativamente na forma como o indivíduo age, pensa e lida com os sentimentos. Frequentemente, relacionam a doença a sentimentos de tristeza e desinteresse sobre atividades cotidianas. No entanto, a depressão vai muito além disso, podendo afetar não somente o emocional, como também o físico.
Existem diversos tipos de depressão, podendo ser crônica ou sazonal, como durante a gravidez ou em um determinado período do ano. Independente de qual seja, é importante consultar um médico psiquiatra e realizar tratamento, já que se trata de um desequilíbrio químico do cérebro.
Suas causas podem ser diversas, como: eventos traumáticos, estresse, genética, uso de determinadas medicações, entre outros fatores. Como mencionamos anteriormente, cabe ao médico especialista realizar o diagnóstico.
Quais os sinais de depressão?
A depressão pode ser caracterizada por:
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Diminuição da libido;
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Sentimento de tristeza;
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Irritabilidade e agitação;
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Constante falta de energia;
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Dificuldade de concentração;
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Sentimento de culpa constante e falta de propósito;
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Alterações de apetite, acompanhadas de ganho ou perda de peso;
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Incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades que antes eram agradáveis;
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Problemas de sono, como dificuldade para dormir ou sono excessivo.;
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Sintomas físicos, como: dores de barriga, falta de ar, pressão no peito, dor de cabeça, diarreia, entre outros.
Qual a sua relação com a insônia e sono excessivo?
Além de serem sintomas frequentes da depressão, a insônia e o excesso de sono, também conhecido com hipersonia, podem estar associados ao tratamento com antidepressivos. Em indivíduos depressivos, é comum que ocorram alterações de algumas substâncias como o cortisol, liberado em situações de estresse, que pode provocar quadros de insônia devido a sua ação inibidora da melatonina (hormônio responsável pela manutenção do sono) causando a privação do sono.
Além disso, para pacientes com depressão, dormir muito pode ser uma “válvula de escape”. Por isso, eles tendem a dormir mais que o necessário, ultrapassando 9 horas de sono. Ao iniciar o tratamento da depressão e acompanhamento com um profissional de saúde, o paciente nota a redução dos sintomas, dentre eles a insônia ou hipersonia.
No entanto, é comum que sejam sentidos alguns efeitos colaterais nas primeiras semanas de uso da medicação. Com o tempo e controle de dosagem, o organismo entra em equilíbrio.
Como melhorar a qualidade do sono?
Vale ressaltar que o contrário também pode acontecer, a privação de sono causada pela insônia pode levar a depressão, assim como gerar ansiedade e déficit de atenção.
Por isso, é fundamental adotar algumas práticas que auxiliam a melhorar a qualidade do sono. A higiene do sono, por exemplo, é um conjunto de técnicas que ajudam a tornar os momentos de descanso mais satisfatórios e com qualidade. Confira algumas dicas:
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Evite uso de telas, como televisão e celular próximo do horário de dormir;
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Procure deitar na cama apenas quando sentir sono;
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Evite alimentos pesados, bebidas alcoólicas e cafeína duas horas antes de dormir;
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Tenha uma rotina de sono mesmo aos finais de semana;
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Torne o quarto aconchegante na hora de dormir, regulando a temperatura e luminosidade.
Então, pronto para melhorar as suas noites de sono? Lembre-se: em caso de sintomas de depressão, procure um médico e, se necessário, inicie um tratamento. Isso não somente faz diferença na qualidade do sono, como também na qualidade de vida.