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Nova terapia experimental para leucemia aguda elimina câncer em 18 pacientes; entenda a doença

Estudo realizado pela MD Anderson Cancer Center contou com voluntários a partir de 10 meses de idade; Oncohematologista tira principais dúvidas sobre neoplasia que afeta as células sanguíneas

Uma nova pesquisa realizada pelo MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, mostrou que um tratamento experimental foi capaz de eliminar a leucemia aguda em 18 pacientes dos 60 participantes do estudo. Para a estratégia, foi utilizada a droga revumenib e, no estudo de fase 1, já foi possível notar resultados promissores em 30% dos voluntários.

Os pacientes que testaram o tratamento com a revumenib possuem leucemias agudas avançadas com rearranjos KMT2A ou NPM1 mutante. Contudo, vale lembrar que, mundialmente, a maioria das pessoas com a neoplasia não possuem esses tipos mais raros da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 11.540 novos casos de leucemia a cada ano no Brasil – sendo o 10º tipo de câncer mais frequente entre a população brasileira.

Durante o tratamento, o fármaco inibe a proteína “menin” ou “MEN1”. Nos ensaios pré-clínicos, ela tem ganhado destaque e os cientistas sugeriram intervir em como a proteína interage com as mutações da doença. Essa pode ser uma medida bastante eficiente na eliminação das células cancerígenas.

Dentre os 60 participantes, a maioria tem, em média, 43 anos, contudo, os testes contavam ainda com bebês de 10 meses. Quanto aos resultados, a taxa de resposta geral alcançada foi de 53%, já a de remissão completa 30%.

Os tipos de leucemia com rearranjos KMT2A ou NPM1 mutante são bastante difíceis de tratar e até o momento, não possuem tratamentos direcionados e que sejam especificamente aprovados.

Câncer afeta as células sanguíneas dos pacientes

“A Leucemia é desencadeada por mutações genéticas nas células hematopoiéticas, responsáveis pela produção das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Estas mutações fazem com que a célula hematopoiética passe a produzir uma grande quantidade de células anormais, que não conseguem amadurecer e desempenhar sua função normalmente, ocupando a medula óssea e impedindo que células normais sejam produzidas”, explica a Dra. Mariana Oliveira, oncohematologista da Oncoclínicas São Paulo.

Segundo a especialista, a doença não se trata de uma condição hereditária, mas sim de alterações genéticas adquiridas e que acabam por desencadear o surgimento do câncer. “Infelizmente, não existe uma forma de prevenção. Porém, é importante estar atento e procurar um médico sempre que tiver algum dos sintomas. Assim, será possível fazer os exames diagnósticos com rapidez e escolher o tratamento mais adequado para cada caso”, destaca.

Quanto aos sintomas, a oncohematologista aponta palidez, cansaço e sonolência, uma das consequências da queda na produção de glóbulos vermelhos (hemácias) e consequente anemia. “Manchas roxas que surgem aparentemente sem traumas, pequenos pontos vermelhos na pele e/ou sangramentos mais intensos e prolongados após ferimentos leves também podem surgir em decorrência da diminuição na produção de plaquetas. Dores ósseas e nas juntas, que podem dificultar a capacidade de locomoção, e dores de cabeça e vômitos são outros possíveis sintomas que não devem ser ignorados. Outro indício da doença pode ser ainda a perda de peso” comenta a médica.

Como é o tratamento para as leucemias agudas atualmente?

Segundo a Dra. Mariana Oliveira, isso dependerá de cada caso, que deve ser visto individualmente. Contudo, os pacientes necessitam de internação, exames de classificação e testes da medula óssea para a escolha da quimioterapia adequada. Vale lembrar ainda que, geralmente, a multiplicação das células mutadas é rápida e é mais comum em crianças.

Sobre a Oncoclínicas

A Oncoclínicas – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.600 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 133 unidades em 35 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos no acesso ao tratamento oncológico, realizando mais de 500 mil tratamentos no último ano (2022). É parceira exclusiva na América Latina do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MEDSIR, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. 
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