De acordo com o Pós PhD em neurociências eleito membro Sigma Xi, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, esse resultado supera a ideia de que o sol seria um fator primordial para estímulo da felicidade, mas indica outros fatores responsáveis por isso.
“Não que o sol seja primordial, mas um fator significativo, porém, um lugar quente o ano todo não traz o mesmo efeito, tudo na vida tem maior impacto quando não é constante. Neurocientificamente você encontra diversos estudos que reforçam a importância do sol na felicidade, em especial relacionado aos neurotransmissores, mas também existem diversos fatores que podem influenciar a sensação de felicidade, a prova é que todos os países nórdicos têm clima frio e ainda assim figuram no ranking de países mais felizes”.
“Capacidade de reflexão, conhecimento, segurança, renda, expectativa de vida saudável, entre outros, também exercem uma forte influência sobre a felicidade, os fatores que aguçam as necessidades primárias, ou seja, os instintos”. Ressalta.
Além disso, podemos notar um padrão importante ao perceber que grande parte dos países presentes na lista dos mais felizes do mundo também constam no ranking dos mais inteligentes, isso, de acordo com o Dr. Fabiano de Abreu, revela uma conexão entre o QI e a felicidade.
“É uma realidade científica, a felicidade tem relação com a inteligência, mas tão importante quanto isso, podemos analisar no caso dos países nórdicos, que eles encontraram um equilíbrio importante, eram um povo bárbaro, amplamente envolvido em guerras, mas que aprenderam muito com o passado”.
“Grande parte desses países possui clima frio e há uma forte relação entre frio e desenvolvimento na formação dessas sociedades, as pessoas em climas mais frios precisavam de níveis muito mais altos de planejamento e cooperação ou teriam perecido no inverno. A dificuldade força o desenvolvimento da inteligência.” Afirma.