A Síndrome de Burnout não é necessariamente uma doença, mas sim, uma alteração de cunho psicológico que está relacionada com a exaustão física e mental. Por isso, ela também é conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional.
Em 2019 foi considerada pela OMS como uma síndrome relacionada exclusivamente ao trabalho e não deve ser compreendida como uma condição de estresse relacionada às experiências em outras áreas da vida. Esta nova classificação entrou em vigor em 1º de janeiro de 2022 e foi oficializada na 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças.
Os sintomas surgem após o indivíduo passar por situações de trabalho desgastantes que requerem muita responsabilidade em ambientes extremamente competitivos. Essa síndrome ocorre por excesso de trabalho vinculado à pressão, objetivos difíceis de serem alcançados impostos por líderes despreparados. Na maioria das vezes as imposições vêm acompanhada de ambientes de trabalho ruins que cultivam estímulos estressores no indivíduo. A pessoa se sente, então, sobrecarregada e, ao mesmo tempo, incapaz, pois deseja realizar o que lhe é proposto, mas não tem meios para isso.
O Burnout é uma síndrome que exige tratamento com abordagem psicoterápica. Ou seja: a terapia é fundamental nesse processo, ajudando o paciente a se conhecer melhor e a lidar de maneira mais eficiente com os sentimentos e sensações causados pelo problema. Em casos extremos é necessário o acompanhamento psiquiátrico e uso de medicações.
Laura Carvalho S. Sabino
Psicóloga – CRP 06/100068
Instagram: @psico.lauracarvalho