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Estudo aponta que atividade física pode ser mais eficaz do que medicamentos para combater depressão

O psiquiatra Luiz Alberto Hetem pontua que é importante fazer a distinção entre atividade física como promoção de saúde mental e como tratamento para transtornos mentais

Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade da Austrália do Sul mostra que a atividade física é 1,5 vezes mais eficaz do que psicoterapia ou medicamentos no combate à depressão. A pesquisa, considerada a mais abrangente já realizada sobre o assunto e que incluiu 97 revisões, 1.039 ensaios e 128.119 participantes, foi publicada no British Journal of Sports Medicine. De acordo com a constatação, intervenções de exercícios de até 12 semanas foram as mais eficazes na redução dos sintomas de saúde mental, aliviando ansiedade e angústia.

O psiquiatra Luiz Alberto Hetem pontua que é importante fazer a distinção entre atividade física como promoção de saúde mental e como tratamento para transtornos mentais. “A atividade física não deve ser encarada como tratamento para um transtorno mental, no máximo como hábito saudável a ser desenvolvido para melhorar qualidade de vida”, explica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada oito pessoas no mundo (970 milhões de pessoas) vive com um transtorno mental. O problema custa à economia mundial aproximadamente US$ 2,5 trilhões por ano, projetado para aumentar para US$ 6 trilhões até 2030.

O psiquiatra Luiz Alberto Hetem, que nesta quinta-feira (2), às 19h, lança seu mais novo livro “Entre Vírgulas: reflexões sobre fatos e conceitos”, na Livraria da Travessa, do Ribeirão Shopping, está à disposição para entrevistas sobre a questão e outros assuntos relacionados à saúde mental.

 

Sobre o especialista

Luiz Alberto B. Hetem é paulista de Ribeirão Preto. Formou-se médico pela Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em 1985. É especialista em Psiquiatria, doutor em Saúde Mental (área de concentração: Psicofarmacologia) pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP) e fez pós-doutorado no Serviço de Psiquiatria do Hospital Civil de Estrasburgo, na França. Foi professor da Pós-graduação em Saúde Mental da FMRP-USP de 1999 a 2010 e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria de 2003 a 2010.

É autor dos livros “A grande obra” (2016) e “Pensamentos Críticos” (2019), coeditou livros técnicos sobre Transtornos de Ansiedade, de Educação Continuada em Psiquiatria e um livro de divulgação – Entendendo os transtornos mentais. É fundador e apresentador do PQU Podcast. É casado e tem dois filhos.