O mercado de energia fotovoltaica no Brasil vem apresentando viés de crescimento. Recentemente, alcançou a marca de 25 gigawatts (GW) de potência de energia solar, de acordo com números divulgados em fevereiro pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A pesquisa leva em conta usinas solares industriais e residenciais.
A energia solar reponde atualmente por 11,6% da matriz elétrica do país, o que a coloca atrás apenas da fonte hídrica, que responde por cerca de 110GW. Em terceiro lugar está a energia eólica, responsável pela geração de 24GW. No período de um ano, a potência ligada à fonte solar foi de 14,2GW para 25GW, o que representa um crescimento em torno de 76%, tendo como referência os dados de fevereiro de 2022 até fevereiro de 2023.
“A energia fotovoltaica é a energia do futuro e o Brasil tem tudo para ser um player importante no cenário mundial, que privilegia a sustentabilidade e a preocupação com o meio ambiente”, afirma o engenheiro químico Gabriel Guimarães, sócio-fundador da empresa mineira SolarVolt. “Pelas nossas condições climáticas favoráveis, é importante caminharmos rumo a um cenário em que haverá a prevalência da energia limpa, renovável e barata proveniente do sol”, diz.
Segundo ele, as vantagens do investimento em sistema fotovoltaico vão muito além do aspecto ambiental. “Previsibilidade de custos, proteção contra a inflação energética e retorno rápido são apenas alguns dos atrativos. Muitos especialistas apontam que a energia solar é um dos melhores investimentos disponíveis atualmente”, afirma Guimarães.
De acordo com a Absolar, de 2012 até os dias atuais, os investimentos em fonte solar de energia somaram R$ 125,3 bilhões, o que gerou cerca de R$ 39,4 bilhões em arrecadação de impostos. Em aproximadamente dez anos, o setor criou 750,2 mil empregos acumulados e evitou a emissão de 33,4 milhões de toneladas de gás carbônico na geração de eletricidade.