Entre os vários meios de digitalização na hora de pagar uma compra, uma delas é a modalidade do Pix, que teve seu lançamento em 5 de outubro de 2020. A tecnologia é um modo de transferência monetária e de pagamento eletrônico em real brasileiro, oferecido pelo BCB (Banco Central do Brasil). A transferência pode ser realizada de forma instantânea às pessoas físicas e jurídicas, funciona 24 horas ininterruptamente, e é o mais recente meio de pagamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
De acordo com o BCB, os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia, considerado pelo órgão, uma tecnologia prática, rápida e segura. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. O Pix teve alta adesão pelos brasileiros desde sua chegada, seja nas lojas físicas ou digitais. Segundo os dados do Banco Central, a modalidade cresceu 225% em setembro de 2022 em um ano, ao todo, foram 430 milhões de transações.
Para Rodrigo Cardoso, CEO da LAB2U, o período da pandemia impulsionou grande parte dessas mudanças nos meios de pagamento, pelo fato da população ter que ficar em isolamento e buscando formas de evitar contato, sendo assim surgiram novas formas de realização dos pagamentos.
A adesão ao Pix pelos brasileiros
Segundo as informações do Banco Central, o Pix tem o potencial de alavancar a competitividade e a eficiência do mercado, baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes. Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos, incentiva a eletronização do mercado de pagamentos de varejo, promove a inclusão financeira e preenche uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população.
O Pix está crescendo de forma exponencial de acordo com o Estudo de Pagamentos da consultoria Gmattos de julho do ano passado. O pagamento via Pix é aceito por 76,3% dos e-commerce no país, e para a empresa, esse número tem potencial para atingir 92% até julho, e próximo dos 100% até o fim deste ano. A aceitação do Pix estava em 16,9% em janeiro de 2021, era a quinta modalidade de pagamento mais aceita do país. Em maio de 2022, passou para 74,6% até chegar aos 78%, referente a julho do ano passado.
Conforme dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o Pix tornou-se o de pagamento mais usado pelos brasileiros. Desde o início de seu funcionamento em 16 de novembro de 2020 até dia 30 de setembro de 2022, foram realizadas 26 bilhões de operações feitas no sistema financeiro nacional, com os valores transacionados atingindo R$ 12,9 trilhões.
O efeito do Pix nas compras online
Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), os pagamentos com boletos não são realizados em 50% das vezes em vendas online. E para varejistas, o Pix tem potencial de reduzir e até substituir o boleto, além de aumentar o número de vendas no e-commerce e diminuir o abandono de compras. De acordo com a Adyen, empresa de pagamentos, 52% dos consumidores brasileiros dizem que desistiram de fazer uma compra porque não podiam pagar do jeito que queriam – um dos motivos é a falta de flexibilidade.
Para Rodrigo Cardoso, o Pix impulsionou mais ainda a digitalização por ser rápido e prático, e a utilização de cartões virtuais e links digitais tornaram-se grandes utilidades na hora do pagamento. Ele destaca outros meios de digitalização, como o QR Code, método fácil em que o comprador utiliza a câmera do celular e já tem todos os dados do pagamento, e Contactless, que são os cartões com aproximação.
Com o aceleramento das vendas online e crescimento dos comércios digitais as formas de pagamento também foram evoluindo com o tempo, diz o CEO da LAB2U. “As pessoas preferiram utilizar esses métodos pela facilidade e gestão do tempo que seria gasto em ter que se deslocar apenas para fazer o pagamento, se sentindo mais seguras visto que estão amparadas para caso aconteça alguma eventualidade”, ressalta.