Eflúvio telógeno é uma condição que afeta o ciclo de crescimento do cabelo, resultando em uma queda acentuada de cabelo. É chamado de “eflúvio” porque se refere a uma queda de cabelo excessiva e anormal, e “telógeno” porque se refere ao estágio do ciclo de crescimento do cabelo em que ocorre a queda.
A médica e especialista em dermatologia estética Dra. Kelly Pico explica que o eflúvio telógeno pode ser desencadeado por vários fatores, incluindo estresse físico ou emocional, estresse oxidativo, mudanças hormonais, perda de peso acentuada, cirurgia, infecções, viroses, deficiências nutricionais e certos medicamentos. A queda de cabelo geralmente ocorre cerca de três meses após o evento desencadeante.
Os sintomas do eflúvio telógeno incluem perda acentuada de cabelo em todo o couro cabeludo, afinamento do cabelo e possível aumento da queda de cabelo durante a lavagem ou escovação. Geralmente, o cabelo começa a crescer novamente após alguns meses e a condição geralmente se resolve em seis meses a um ano.
“O tratamento do eflúvio telógeno depende da causa subjacente e pode incluir mudanças no estilo de vida, como reduzir o estresse e melhorar a nutrição, ou ajustes em medicamentos. Em casos graves, pode ser necessário um tratamento mais agressivo, como terapia com laser ou medicamentos para estimular o crescimento do cabelo.” comenta a Dra. Kelly Pico.
Queda de cabelo pós-pandemia
Há evidências de que o COVID-19 pode ser um fator desencadeante do eflúvio telógeno em algumas pessoas que tiveram a doença. Isso ocorre porque a infecção pelo vírus pode causar estresse físico, emocional e oxidativo, além de desencadear alterações hormonais e inflamatórias no corpo, o que pode levar à queda de cabelo.
De fato, vários estudos têm relatado a ocorrência de eflúvio telógeno em pacientes que se recuperaram do COVID-19. A queda de cabelo geralmente ocorre de 2 a 4 meses após a infecção, mas pode ocorrer até mesmo após um período maior de tempo.
Embora a perda de cabelo seja um sintoma relativamente comum em pessoas que se recuperaram do COVID-19, é importante ressaltar que nem todas as pessoas que tiveram a doença desenvolverão eflúvio telógeno. Ainda assim, se você notar uma queda excessiva de cabelo após ter tido COVID-19, é recomendado consultar um médico para avaliação e possível tratamento.
Não desperdice tempo buscando tratamentos provisórios que não dão resultados
A médica Kelly Pico informa que é importante obter um diagnóstico médico adequado se você está passando por uma queda de cabelo acentuada para determinar a causa correta e receber o tratamento apropriado. O diagnóstico efetivo do tipo de queda de cabelo é crucial para orientar o tratamento adequado e obter os melhores resultados.
Ao receber um diagnóstico adequado, é possível iniciar o tratamento apropriado e controlar a queda de cabelo de forma mais eficaz.
Tratando a queda de cabelo com microinfusão de medicamentos
“A microinfusão medicamentosa na pele, também conhecida como MMP ou micropunturação, é uma técnica que envolve a injeção de medicamentos diretamente na pele para tratar uma variedade de condições, especialmente a queda de cabelo.” esclarece a Dra. Kelly.
No caso do eflúvio telógeno, a MMP pode ser uma opção de tratamento eficaz, pois permite a administração direta de medicamentos no couro cabeludo, onde a queda de cabelo está ocorrendo. Os medicamentos geralmente usados são misturas personalizadas de vitaminas, minerais, aminoácidos e outros nutrientes, que ajudam a fortalecer os folículos capilares e estimular o crescimento do cabelo.
A MMP pode ajudar a reduzir a queda de cabelo e promover o crescimento de cabelo saudável, fortalecendo os folículos capilares e fornecendo os nutrientes necessários para um crescimento efetivo. Além disso, a MMP é uma técnica não invasiva e relativamente indolor, que não requer tempo de recuperação significativo, tornando-se uma opção popular para quem busca tratamento para a queda de cabelo.
“No entanto, é importante ressaltar que a MMP não é adequada para todos os tipos de queda de cabelo. Antes de optar por esse tipo de tratamento, é importante obter um diagnóstico médico adequado e discutir as opções de tratamento com um profissional qualificado.” Finaliza a Dra. Kelly Pico.