O jornalismo brasileiro foi pego de surpresa na manhã desta quinta-feira (02) com a notícia da morte da jornalista Glória Maria, de 73 anos. Glória fez história na TV Globo, onde estava desde meados do início dos anos 70, a veterana acumulava diversos trabalhos de sucesso na emissora.
A causa da morte não foi divulgada, mas a jornalista foi diagnosticada com câncer de pulmão há quatro anos, o que pode ter agravado o estado de saúde da profissional nos últimos dias.
Falando nas tão citadas metástases, que são células cancerígenas que se espalham por outros órgãos, o Pós PhD Neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, lembrou que esse tipo de câncer é um dos que mais podem se espalhar pelo corpo até atingir o cérebro.
“O câncer de pulmão é um dos cânceres com maior probabilidade de se espalhar para o cérebro. Aproximadamente 10% dos pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) têm metástases cerebrais no diagnóstico inicial e até 40% acabarão desenvolvendo tumores cerebrais durante a doença”, comentou.
“Diferente do câncer cerebral, que se origina no cérebro e consiste em células cancerígenas cerebrais, as metástases cerebrais do câncer de pulmão ocorrem quando as células cancerígenas se desprendem do tumor nos pulmões e entram na corrente sanguínea ou viajam pelo sistema linfático até o cérebro, onde se multiplicam”, emendou.
Segundo o especialista, à medida que os tumores cerebrais metastáticos crescem, eles podem danificar diretamente as células ou afetar o cérebro indiretamente, comprimindo partes dele ou causando inchaço e aumento da pressão dentro do crânio. Os primeiros sinais de alerta podem ser sutis e facilmente atribuídos a outras causas, incluindo quimioterapia.
Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.