Segundo apuração do Estadão/Broadcast, veiculada pelo portal CNN Brasil, o governo brasileiro atual estuda desenvolver um programa que permita o acesso à energia elétrica oriunda de fontes renováveis à população mais carente, tendo a energia solar como maior foco. A intenção é que sistemas de energia solar fotovoltaica sejam facilitados a esses consumidores, o que aconteceria por meio de geração distribuída, que é quando o próprio consumidor gera sua energia.
Uma proposta foi apresentada, na primeira semana de janeiro deste ano, pelo grupo de transição do Ministério de Minas e Energia, com previsão de 100 dias para a implementação. Ainda não existe um formato definido para o programa, mas o que se espera é a criação de modelos específicos para os diferentes consumidores, com fontes de financiamento e juros reduzidos.
Como prioridade, o texto da proposta elege pessoas de baixa renda, como quem é assistido por projetos sociais como Minha Casa, Minha Vida, além de postos de saúde e escolas. Essa proposta acompanha o crescimento da energia solar nos últimos anos e visa fornecer incentivos para que mais pessoas possam usufruir de fontes de energia limpa e renovável.
A expansão do setor significa um avanço importante para a matriz energética do país, contribuindo para a redução do uso de energias não renováveis, que geram prejuízos ao meio, enquanto ocasiona a redução de custos no consumo da conta de energia elétrica dos consumidores que instalam o sistema. A longo prazo, essa medida reduzirá o custo da energia para toda a população brasileira, mesmo para quem não utiliza energia solar.
Potência instalada de energia solar aumenta mais de 60% em 2022
Em 2022 a potência instalada de energia solar obteve um aumento superior a 60%, entre os meses de janeiro e dezembro. Conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), veiculados pela CNN Brasil, em 2022, houve um salto de 14,2 GW de potência instalada para 23 GW, representando um marco para o setor.
Nesse crescimento, estão os sistemas de geração distribuída que serão o foco do programa do governo federal, assim como as usinas de grande porte. Somando tudo, a energia solar corresponde a cerca de 11,2 % de toda a matriz energética existente no país. Atualmente, segundo a Absolar, essa fonte de energia já é a segunda maior do país, pois, em janeiro de 2023, atingiu 23,9 GW, conforme portal da Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios.
Essa notícia está em concordância com as projeções de expansão, bem como representa substanciais resultados para o país, elevando o percentual de energia renovável utilizado na sua matriz energética, que já é de quase 85%, conforme indica o portal do Ministério de Minas e Energia no segundo semestre de 2022.