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“A cidade que não dorme”: saiba de onde vem esse apelido de São Paulo e conheça fotos de antigos bairros industriais da cidade

Capital paulista completa 469 anos neste dia 25 de janeiro

Fotografia Fábrica Belenzinho Santista – vista externa; Wilson Reportagens Fotográficas. s.d.; Acervo Centro de Memória Bunge.

A cidade de São Paulo completa hoje, 25 de janeiro, 469 anos. A cidade que não dorme é conhecida assim por conta de sua produção industrial pujante, já no século XIX, com máquinas barulhentas, que não paravam de trabalhar. Neste aniversário da cidade, a Fundação Bunge, por meio de seu Centro de Memória Bunge, compartilha imagens dos mais tradicionais bairros industriais da cidade: Água Branca, Cambuci, Belenzinho, Tatuapé e Jaguaré.

Fábrica de Tecidos Cambuci. Brasil, São Paulo, São Paulo; Autoria não identificada; 10.1940. Acervo Centro de Memória Bunge.

A partir de meados de 1920 esses bairros passaram a abrigar importantes fábricas, principalmente relacionadas à produção de tecidos e de administração de moinhos. O bairro de Água Branca, por exemplo, abrigava na R. Carlos Vicari a Fábrica de Óleo e Depósito de Fardos de Algodão. No Cambuci era possível encontrar a Fábrica de Tecidos Cambuci e no Belenzinho a Fábrica de Fiação de Tecidos Tatuapé, na R. Álvares Penteado.

Aspecto externo dos depósitos de caroço de algodão na Fábrica de Óleo Água Branca. Autoria não identificada. São Paulo/SP, Álbum 01, F.32, Ano 1950. Acervo Centro de Memória Bunge.

No bairro de Tatuapé, mais especificamente na Av. Celso Garcia, era possível encontrar a Fábrica de Tecidos Tatuapé. No Jaguaré, na Av. Alexandre Mackenzie, ficava o Parque Industrial Jaguaré, que fazia o refino de óleo de amendoim e em 1962 passou a produzir margarina. O Largo do Café, tradicional ponto de negócios da cidade, abrigava o Escritório Central da S.A Moinho Santista.

Fachada do Escritório Central da S. A. Moinhos Santista, Largo do Café, nº11. Autoria não identificada. São Paulo/SP, Álbum 01, Ano 1950. Acervo Centro de Memória Bunge.

“Essas imagens apresentam a capital pela ótica do desenvolvimento da indústria, resgatando fotos de antigos escritórios, fachadas empresariais e linhas de produção. Com as fábricas, a cidade passa a viver uma nova noção de tempo: antes as atividades eram regidas pelo tempo da natureza. Quem marcava o tempo era o sino da igreja. Com a chegada das fábricas o tempo mecânico passou a organizar a vida das pessoas. Além disso, é possível vermos o surgimento de uma arquitetura industrial que se tornou, atualmente, característica dos bairros mais tradicionais da cidade”, conta Viviane Morais, historiadora do Centro de Memória da Fundação Bunge.

Unidade Industrial de Jaguaré, Jaguaré; São Paulo; Brasil, autoria não identificada; anos 1960 – Fundo Comunicação Sanbra.

Sobre o Centro de Memória

O Centro de Memória Bunge foi criado em 1994 e traz preservada e acessível ao grande público a história de mais de 100 anos da Bunge no Brasil. São mais de 1 milhão e 500 mil documentos, fotos e filmes. Um patrimônio que narra não apenas a trajetória da Bunge no País, como a evolução dos valores, costumes e modos de organização da própria sociedade brasileira.

Sobre a Fundação Bunge

A Fundação Bunge, entidade social da Bunge no Brasil há mais de 60 anos, atua em diferentes frentes com o compromisso de valorizar pessoas e somar talentos para construir novos caminhos. Suas ações estabelecem uma relação entre passado, presente e futuro e são colocadas em práticas por meio da preservação da memória empresarial (Centro de Memória Bunge), do incentivo à leitura (Semear Leitores), do voluntariado corporativo (Comunidade Educativa), do desenvolvimento territorial sustentável (Comunidade Integrada) e do incentivo às ciências, letras e artes (Prêmio Fundação Bunge).