O último relatório de mercado produzido pela Research and Market mostra que o mercado de implantes dentários em alguns países das Américas, abrangendo Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos e México, deve alcançar US$ 3, 4 milhões em receitas neste ano. Em 2022, segundo a empresa de pesquisas, o mercado movimentou US$ 3,2 milhões. Até 2030, estima-se um crescimento anual composto (CAGR) de quase 9%, com um montante que deverá chegar a US$ 6 milhões.
Em todo mundo, a estimativa é que o mercado de implantes dentários deverá atingir US$ 18 milhões em receitas até o fim desta década. Além de estimar as receitas deste e dos próximos anos, a Research Market também analisou dados do segmento em alta, como design, tipo de implantes, preços, procedimentos, materiais, componentes e principais locais onde o tratamento é realizado. Neste caso, são laboratórios odontológicos, hospitais e clínicas e hospitais especializados em estética dental.
O crescimento e a popularização dos implantes – que são opção para o uso de dentaduras, quando ocorre a perda de um ou mais dentes – se deve à evolução dos materiais e técnicas utilizadas. Algumas dessas técnicas conseguem garantir menos tempo de tratamento e maior conforto aos pacientes.
Com 12 anos de experiência na área de Odontologia, Gabriela Johana Montenegro Jaramillo Oliveira explica que uma das técnicas para implantes em áreas estéticas utilizadas em consultórios já possibilitam o implante imediato, logo após a extração do dente. Segundo a profissional, essa técnica vem sendo bastante utilizada em situações de perda dentária por reabsorção óssea avançada, cáries profundas abaixo da margem gengival, perfuração de raiz e fraturas recentes e tem sido bem aceita por parte dos pacientes, devido à redução do tempo de reabilitação, devolução da função e da estética desde a primeira cirurgia.
“Na técnica utiliza-se o próprio arcabouço da extração como posicionamento tridimensional do implante, permitindo que a cicatrização do recém-extraído aconteça juntamente com a osseointegração do implante, diminuindo o tempo de tratamento e promovendo a estabilidade do nível gengival”, explica a dentista.
Gabriela Montenegro explica também que com o aperfeiçoamento da forma e do tratamento de superfície dos implantes, tornou-se possível a instalação de um dente provisório suportado no implante imediato recém-colocado, denominado carga imediata. Entretanto, vários fatores são determinantes para a execução desse protocolo, entre eles a estabilidade primária após a instalação do implante.
“Um correto planejamento, respeitando uma seleção criteriosa de pacientes e execução de técnica impecável, torna-se uma alternativa segura e previsível para o alcance de resultados satisfatórios, permitindo uma melhor preservação da reabsorção óssea pós-extração e tecidos moles (gengiva), estruturas importantes para o sucesso do tratamento”, ressalta.
Implantes dentários gratuitos são oferecidos pelo SUS
Para quem precisa fazer um implante dentário e não pode pagar por um tratamento particular, o Sistema Único de Saúde, por meio do programa Brasil Sorridente, do governo federal, custeiam o tratamento na rede pública. Segundo informações do site Cartão SUS, para solicitar o tratamento é preciso ser maior que 18 anos, ter uma boa condição periodontal, possuir espaço protético e oclusão adequados, além de não possuir doenças sistêmicas.
Outro critério exigido é possuir o Cartão SUS registrado em uma das cidades que possuam o programa Brasil Sorridente. Na cidade, é preciso buscar o posto de saúde mais próximo de casa e manifestar interesse pelo tratamento. Nesses locais, é possível agendar uma consulta com um especialista para avaliar a urgência do tratamento e solicitar exames. Essa consulta pode demorar de 30 a 90 dias. Casos como perda de dentes por conta de acidentes, ou perda de dentes importantes como os da frente, ou ainda, quando a mastigação está muito dificultada, têm prioridade.
Os exames que costumam ser solicitados para avaliar a condição do paciente são: a radiografia panorâmica, que mostra a situação e altura do osso; e a tomografia computadorizada, em que é possível saber, com mais precisão, a altura e largura do osso, evitando surpresas desagradáveis e possibilitando um melhor planejamento cirúrgico.