Um estudo conduzido pelo ManpowerGroup indicou que a falta de mão de obra qualificada no Brasil atingiu a marca de 81% em 2022 – a média global é de 75%. A consultoria ouviu 40 mil empregadores em 40 países e 3 em cada 4 empresários relatam dificuldades para encontrar talentos.
Ainda segundo a pesquisa da ManpowerGroup, o Brasil ocupa a nona posição no ranking de países com maior falta de mão de obra qualificada. Onde mais de 80% dos empregadores entrevistados afirmam ter dificuldade de encontrar o trabalhador ideal para suas vagas.
Thiarlei Macedo, Diretor Executivo da plataforma Skeel – Recrutamento Inteligente, acredita que esta situação tem a ver com o progresso e desenvolvimento da tecnologia, que vem aperfeiçoando suas soluções a cada ano, e exigindo um nível cada vez maior da competência humana. Segundo ele, “as empresas vêm sentindo dificuldades em preencher vagas em todos os níveis, desde aquelas que não exigem grande preparo até aquelas que necessitam de uma formação mais específica.”
Mão de obra qualificada não é só formação e execução de atividades, mas comportamentos e habilidades humanas que podem fazer a diferença. As chamadas soft skills exigem que o ser humano aprimore a capacidade de relacionamento, trabalho integrado e inteligência emocional.
Neste cenário, as empresas podem seguir dois caminhos, segundo Macedo.
“O primeiro caminho é manter-se estagnado e sofrendo com essa situação. Já o segundo, é antenar-se para tecnologia, e se questionar como estou atraindo e retendo talentos em minha empresa, se estou com as melhores práticas de seleção e oferecendo um processo seletivo justo e de qualidade para o candidato.”
Macedo ainda destaca a importância de valorizar os trabalhadores de forma sustentável, ofertando a possibilidade de crescimento e troca de área. “Reforçar as ações e aspectos da marca empregadora são fundamentais para atrair e reter funcionários valiosos no mercado.”