O mercado de tecnologia está em uma crescente cada vez mais notória. Em um levantamento da Tractica, divulgado no portal Business Wire em agosto de 2018, a pesquisa aponta que o mercado de Tecnologia da Informação (TI) com a inteligência artificial deve movimentar, até 2025, aproximadamente o valor de 34 bilhões de dólares apenas no setor da saúde.
Esses dados apresentam um impacto múltiplo, ou seja, a movimentação irá beneficiar não apenas o mercado tecnológico, mas também a economia mundial, segundo o estudo. A tecnologia começou a ser aplicada no Brasil, nesse setor, na década de 70 com início simultâneo nos grandes centros universitários que fundaram um Núcleo de Tecnologia de Educação em Saúde para aplicar, pioneiramente, os minicomputadores Digital PDP – 11 em sistemas de apoio ao ensino, segundo pesquisa realizada pelo Dr. Renato M.E. Sabbatini.
De acordo com Augusto Cordeiro, especialista em softwares e CEO da ACSolutions, nos últimos anos, o trabalho com o desenvolvimento de softwares para a saúde apresenta cada vez mais a necessidade de entregas com precisão e rapidez principalmente quando são voltados para resultados laboratoriais e integração com os pacientes.
“A tendência na implementação tecnológica já começa a ser vista. Importantes instituições como o Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan (CDI), já informa a aposta em laboratórios com alta tecnologia capaz de promover e acelerar as entregas à população”, afirma.
Diante desse cenário, o impacto da TI na aplicação de softwares voltados para área da saúde está principalmente na velocidade da informação e na gestão de laboratórios, hospitais, entre outras instituições médicas. Isso ocorre devido a concentração de dados, promovendo uma organização que facilita tomadas de decisões e consultas ágeis.
“Com a utilização dos softwares como ferramenta de gestão, as instituições são capazes de automatizar processos como, lançamento de informações e acessos do paciente direto às plataformas, minimizando as “falhas humanas” e perda de receituário, por exemplo”, explica Augusto.
No entanto, para fazer essa implementação são necessários alguns requisitos, como por exemplo, estrutura física tecnológica, assim como contratação da Nuvem para armazenamento de dados. Esse tipo de processo pode ser aplicado por especialistas na área de softwares com experiência qualificada na área da saúde.
Na parte de automação e organização dos processos, Cordeiro aponta que a execução desse tipo de ferramenta é uma das formas mais eficientes de promover alta performance e facilidade da rotina no desempenho do trabalho, principalmente, quando o assunto são laboratórios. “Isso ocorre porque a padronização desses processos permite um sistema ágil, ou seja, com uma equipe qualificada para gerenciar o software, a instituição previne eventuais contratempos, e promove melhor assertividade nas entregas, corrigindo e otimizando cada vez mais”, explica.
Com a inovação operando no mercado de saúde, um estudo da Liga Venture com a PwC Brasil aponta que o número de healthtechs no país aumentou 16,11% somente entre 2019 e 2022. Esse aumento está, também, relacionado com os reflexos da pandemia, no entanto já era algo a ser sentido com o desenvolvimento e atenção sobre o setor.
Isso ocorre devido à complexidade que demanda uma gestão capaz de integrar processos, pessoas e informação, proporcionando uma melhora no controle, com segurança para o paciente e a equipe que ganha aumento de produtividade. Uma vez que quando utilizados para otimizar esses processos, os softwares não substituem o trabalho humano.
“Inovar o sistema de gestão possibilita às instituições médicas trabalharem de forma eficiente em todos os setores, desde o administrativo até a integração com paciente, e o resultado pode ser o benefício de todos, que ganham em segurança e produtividade”, finaliza Augusto.
Ao aderir a implementação de softwares capazes de auxiliar todos os processos de uma instituição médica, a quebra de paradigmas é visível, uma vez que, as novas tecnologias apresentam assertividade e precisão o que antes não eram possíveis pois não existiam controles de dados e integridade das informações nos sistemas gestão da saúde.