O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma) e também a segunda maior causa de morte pela doença no Brasil, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Por isso, nunca é demais alertar sobre a necessidade de prevenção quanto à enfermidade e a importância do cuidado integral com a saúde do homem.
A negligência e a falsa sensação de invulnerabilidade condicionam a maioria deles a assumirem uma postura de baixo autocuidado e afastamento dos serviços de saúde, especialmente os da atenção primária. Esses fatores, associados a hábitos como sedentarismo, fumo e alcoolismo, contribuem para os altos índices de mortalidade dessa população. Segundo dados do Ministério da Saúde, 70% dos óbitos por doenças cardiovasculares e 88% dos óbitos por doenças do aparelho digestivo ocorrem em homens.
De acordo com o médico patologista clínico, Dr. Márcio Nunes, coordenador médico do São Marcos, marca pertencente à Dasa, é possível evitar muitas doenças com algumas medidas simples. “É importante incorporar bons hábitos no dia a dia e manter uma rotina de cuidados preventivos, incluindo o acompanhamento médico regular e check-ups periódicos”, diz. O médico ressalta ainda a importância do acompanhamento individual com uma equipe médica de referência e dos cuidados em todas as faixas etárias. “O médico de referência é o profissional em quem você concentra todas as informações e cuidados da sua saúde, a partir da adolescência.”
Acompanhamento regular
O câncer de próstata é o segundo mais frequente nos indivíduos após os 50 anos e, também, a segunda causa de morte por câncer nessa faixa etária. Segundo especialistas, a procura por um profissional médico somente quando a doença está em um estágio avançado dificulta as chances de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental.
A partir dos 50 anos, é importante avaliar com o médico os benefícios e riscos do rastreamento para uma decisão compartilhada. Dois exames são essenciais para o rastreamento inicial do câncer de próstata: a dosagem do PSA no sangue e o toque retal. Como a doença não tem sintomas aparentes, em estágios precoces, as avaliações citadas acima, associadas a outras adicionais em caso de alterações, são a única forma de detectar um possível tumor maligno. Além disso, outros cuidados devem ser tomados em cada fase da vida:
A partir dos 40 anos: é muito importante manter acompanhamento médico e a rotina cardiovascular em dia. Exames como o de Colesterol, para diagnóstico da Dislipidemia, e de Hemoglobina Glicada, para diagnóstico do diabetes, devem ser realizados periodicamente.
A partir dos 45 anos: é recomendado conversar com o médico sobre o rastreamento do câncer colorretal (intestino grosso e reto), por meio da realização dos exames de sangue oculto nas fezes ou colonoscopia. É importante lembrar também das vacinas recomendadas para essa faixa etária, entre elas a Influenza (gripe), e aquelas contra as Hepatites A e B.
A partir dos 50 anos: além do acompanhamento médico periódico, da realização dos exames de rotina e da avaliação sobre a necessidade dos exames de rastreamento do câncer de próstata, é importante fazer a avaliação do risco de câncer colorretal (intestino grosso e reto) por meio dos exames de Colonoscopia ou Sangue Oculto nas Fezes.
A avaliação do risco de Câncer de Pulmão por meio da Tomografia de Tórax de Baixa Dose pode ser indicada, a depender de outros fatores, nos pacientes com histórico importante de tabagismo. Importante atentar, também, para as vacinas recomendadas para essa faixa etária, entre elas a contra Influenza (gripe), contra Herpes Zoster e as Pneumocócicas (para maiores de 60 anos).