No Brasil, seis a cada dez (67,7%) intervenções (cirúrgicas ou não) têm objetivos estéticos. A informação faz parte do balanço mais recente da Isaps (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), que posiciona o Brasil como o segundo país do mundo com o maior número de cirurgias plásticas, atrás apenas dos Estados Unidos.
Paralelamente, dados da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) revelam que o Brasil já realiza mais de 1,5 milhões de cirurgias plásticas por ano. “E esses números não param de aumentar”, afirma o professor Éverton Lopes, CEO da Abeb (Academia Brasileira de Estética e Beleza).
Lopes chama a atenção para o crescimento da classe C e D na busca por procedimentos não invasivos, como os procedimentos injetáveis que, além de garantir os resultados esperados, possibilitam o retorno imediato às atividades do dia a dia. “A técnica dispensa o afastamento do trabalho ou mesmo o planejamento na agenda para etapa de recuperação pós-procedimento, o que é um diferencial em relação às cirurgias plásticas”, comenta.
Os procedimentos estéticos não invasivos – como preenchimento facial e toxina botulínica – não exigem incisões ou anestesia geral, ao contrário dos procedimentos invasivos, que não dispensam o uso de anestesia geral ou sedação.
Busca por procedimentos não invasivos movimenta o mercado de estética
Segundo o empresário, a procura pelos procedimentos não invasivos tem trazido ainda mais profissionais para o mercado de estética: “Com esse aumento, o mercado carece de profissionais devidamente qualificados para realizar as diversas opções existentes quando o assunto é procedimento estético avançado”.
De acordo com Lopes, embora o mercado da estética viva em constante expansão, ele vê seu público de profissionais variando sem a devida preparação ou atenção à Lei 13.643. “É muito comum ver profissionais da saúde abandonando suas carreiras e migrando para a estética, o que fere a lei do esteticista”.
Por lei, os esteticistas devem ter nível superior em Estética para atuar com procedimento estético, mas, no universo dos injetáveis, os profissionais também precisam buscar especializações.
Segundo o CEO da Abeb, devido ao grau de complexidade, há uma série de requisitos que um profissional que atua com procedimentos estéticos injetáveis deve ter para atuar de maneira segura. “Antes de buscar conhecimento nos injetáveis, o profissional injetor deve completar a graduação em Estética e se especializar nos procedimentos intradérmicos ou mesoterápicos”, diz ele.
Lopes conta que o profissional que atua com a técnica também deve ter preparação técnica para fazer a aplicação do procedimento de forma segura, para entender e saber intervir em meio às intercorrências possíveis de cada procedimento.
“Cada atendimento é único e, por isso, o profissional precisa estar apto a avaliar caso a caso de forma individual, respeitando as necessidades de cada pele, de cada organismo”, explica.
Instituições de ensino devem ser vinculadas ao MEC
De acordo com Lopes, as especializações sobre procedimentos estéticos injetáveis devem ser ministradas apenas por instituições de ensino devidamente vinculadas ao MEC (Ministério da Educação). Além disso, o corpo docente deve ser composto por especialistas, mestres e doutores na área da estética. “Para ministrar esses cursos, é necessário estar devidamente capacitado conforme exige o artigo 6° da lei 13.643”, afirma.
Segundo o empresário, na especialização para procedimentos estéticos injetáveis o profissional irá aprender técnicas como hidrolipoclasia ultrassônica não aspirativa (procedimento que trata gordura localizada e celulite), carboxiterapia e mesoterapia (injeções de ativos que tratam disfunções estéticas).
Os cursos também podem incluir, prossegue ele, terapia capilar e tratamentos corporais – como gordura localizada, celulite e estrias, entre outros -, até chegar ao facial, que busca promover o rejuvenescimento, através da atenuação de rugas, linhas de expressão, melhora do contorno da face, atenuação de olheiras, volume labial e harmonização facial.
O CEO da Abeb destaca que a harmonização corporal também está em alta. “Técnicas como a harmonização glútea utilizam injeções de ácido hialurônico de perfil preenchedor ou bioestimuladores de colágeno, favorecendo maior volumização”.
Ademais, prossegue Lopes, fios de PDO completam a lista de possibilidades e podem ser associadas com alta tecnologia das já conhecidas eletroterapia de alta performance, como lasers e radiofrequência, ou a última geração de ultrassons estéticos, conhecidos como ultrassom microfocado.
Para mais informações, basta acessar: https://abeb.net.br/