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Verão 2022: novembro levanta discussão sobre segurança aquática e conscientização da população brasileira

Por Douglas Ramalho


Somente no ano de 2020, 5.818 brasileiros perderam suas vidas em decorrência dos afogamentos. A média brasileira é de 16 óbitos por dia, um problema sério que pode e deve ser combatido.

O verão está se aproximando e, por isso, novembro foi o mês escolhido para levantar uma pauta de extrema importância: a segurança aquática. Com o objetivo de conscientizar a população brasileira, neste mês, escolas de natação, academias, clubes, parques aquáticos e instituições públicas se organizam para levar conhecimentos que ajudem na prevenção de afogamentos.

A SOBRASA – Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático – traz alguns dados preocupantes sobre o tema, em 2022. Afogamento é a causa principal da morte de crianças de 1 a 4 anos; a segunda causa, entre crianças de 5 a 9 anos; e houve um aumento expressivo nas faixas de 15 a 29 anos. Somente no ano de 2020, 5.818 brasileiros perderam suas vidas em decorrência dos afogamentos. A média brasileira é de 16 óbitos por dia, um problema sério que pode e deve ser combatido.

Prevenção é a ferramenta mais eficaz na diminuição desses números, aliada a outros procedimentos de segurança dentro e próximos à água. Como formas de precaução, nadar sozinho ou em locais sem vigilância devem ser evitados. Além disso, nunca deixe crianças próximas à água sem supervisão, não ingira álcool nesses locais, verifique a profundidade de piscinas, rios e cachoeiras antes de entrar, e sempre utilize coletes salva-vidas, principalmente, se não souber nadar.

“A informação é a base para prevenir esse tipo de risco, então fortalecer a educação ao público, através da comunicação, é muito importante e pouco feito. Mais campanhas devem ser realizadas pelo poder público para atingir um número maior de pessoas e uma conscientização em maior escala”, explica Stephany Neves, instrutora de natação da Bodytech Sudoeste, em Brasília.

A natação traz, além dos benefícios para a saúde física e mental, a autonomia necessária para lidar com situações de risco em ambientes aquáticos. Pensando nisso, a rede de academias Bodytech desenvolve, com seus alunos, todos os métodos e os conhecimentos necessários para proteger a vida de alunos, seus amigos e familiares.

“Quanto mais cedo a criança aprende a nadar, melhor será o seu aprendizado devido ao seu processo de desenvolvimento. E, desde pequenos, estarão mais aptos a evitar esse tipo de risco. As crianças dentro das aulas de natação na Bodytech, desde o primeiro contato, vão vivenciado e aprendendo sobre a importância da segurança em ambientes envolvendo água”, finaliza Stephany.

É importante ressaltar, ainda, que afogamentos não são considerados acidentes, mas sim incidentes, pois podem ser evitados e prevenidos. Infelizmente, um levantamento realizado pela OMS mostra que os dados sobre afogamentos no mundo são subestimados em uma média de 5 a 10 vezes. Além disso, no ano de 2015, dos 192 países membros da OMS, apenas 40% forneceram dados sobre o assunto.

Portanto, é responsabilidade de todos nós levar essas informações adiante. Vamos juntos contribuir para a solução deste problema?