Pesquisa do Sebrae-SP mostra que 34,2% das MPEs e 32,3% dos MEIs registram atrasos de pagamentos por parte de seus consumidores
Aproximadamente um terço das micro e pequenas empresas (MPEs) e dos Microempreendedores Individuais (MEIs) do Estado de São Paulo tem clientes inadimplentes, de acordo com pesquisa do Sebrae-SP. O levantamento mostra que, em julho, 34,2% das MPEs paulistas tinham clientes com pagamentos atrasados; já 64% delas não tinham consumidores devendo e 1,8% não souberam responder ou não responderam. Entre os MEIs, 32,3% tinham fregueses com pagamentos fora do prazo e 67,7%, não.
Para uma boa parte das MPEs (41,9%) com clientes inadimplentes, houve um aumento dos casos em relação a julho de 2021. Para 34,7% a parcela de inadimplentes permaneceu no mesmo patamar e para 19,9% diminuiu; 3,5% das MPEs não souberam informar ou não se lembraram. No caso dos MEIs, para 16,7% deles, o grupo de clientes com pagamentos em atraso aumentou. Para 12,7% essa parcela diminuiu e para 55,2% ficou igual.
“Apesar de parte de MEIs, micro e pequenas empresas ter registrado aumento de clientes inadimplentes em suas carteiras no último ano, o lado positivo é que o grupo formado por negócios cuja inadimplência ficou inalterada ou diminuiu ainda é maior”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Marco Vinholi. “A falta de pagamento e os atrasos por parte dos consumidores estão diretamente ligados ao nível de emprego, renda e taxas de juros; a combinação dessas variáveis é o que altera o nível de inadimplência”, completa.
Vendas a prazo
Em relação a pagamentos a prazo, 29,1% das MPEs aceitam essa modalidade somente no cartão de crédito; 26,9% optam por negociação direta com os clientes e 12,5% só se for em boleto. Para 56,8% dos MEIs que vendem a prazo, esse tipo de transação comercial representa até 20% do faturamento.
A pesquisa
A pesquisa foi realizada com 1,7mil MPEs e 1 mil MEIs em julho de 2022. As MPEs foram definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e empresas da indústria de transformação e construção civil com até 99 empregados, com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões.