Por André Prevedel, Chief Technology Officer & DPO da NEO
Estamos a pouco menos de dois meses do próximo ano e, neste momento, é importante pensarmos no que vem pela frente, a fim de entender as tendências para as organizações e para os usuários no âmbito da Tecnologia da Informação. E a consultoria Gartner, que considero uma referência importantíssima para quem quer entender a dinâmica do nosso mercado, anunciou recentemente uma lista de previsões estratégicas, não só para 2023, como também para os próximos anos. Os principais insights deste relatório apontam como os líderes de negócios e tecnologia podem reimaginar suposições e aproveitar o momento para transformar ambiguidades em certezas.
A maioria dos líderes empresariais segue um princípio básico quando calcula a gestão de riscos: eles avaliam os cenários e trabalham para mitigar os problemas. E, quando falamos em tecnologia, a incerteza traz tanto oportunidades quanto riscos. Por isso, o estudo sugere a importância de re-imaginarmos suposições (especialmente aquelas enraizadas em um passado pré-digital) não só sobre como o trabalho é realizado, mas também como as relações entre Clientes e fornecedores evoluirão daqui para a frente e como as tendências atuais se desenvolverão. A pesquisa mostra que o pioneirismo, a otimização e a escala são os três pilares nos quais as empresas deverão investir no próximo ano – observando isto com afinco, acredito que teremos ideia de como aproveitar os momentos de incerteza e manter o movimento à frente, em uma constante.
No próximo ano, a tecnologia vai ser importante, mas olhar para a sustentabilidade será fundamental. O S da sustentabilidade no ESG estará cada vez mais em evidência, atravessando todas as tendências tecnológicas estratégicas para 2023, já que os CEOs ouvidos pela Gartner relataram que as mudanças ambientais e sociais são agora uma das três principais prioridades dos investidores, depois de lucro e receita. Isso significa que deveremos investir mais em soluções inovadoras projetadas para atender à demanda ESG para atender às metas de sustentabilidade, e que entregar tecnologia apenas por entregar não será suficiente. Será preciso considerar, antes de fazer qualquer investimento, como isso pode impactar as regulamentações ambientais, sociais e de governança (ESG). E vale lembrar que toda construção, investimentos e inovação deverão ter sempre o olhar e preocupações dedicados a fatores que permeiam o tema cibersegurança – mas, aí, já é conversa para um próximo artigo!
O fato é que, ao sermos “sustentáveis por padrão”, produzindo tecnologia sustentável, nos alinhamos ao que há de mais estratégico para 2023. Isto é, em minha avaliação, algo latente e urgente. Investindo mais em soluções inovadoras, que sejam projetadas para atender à demanda ESG, é o que irá nos permitir ajudar os nossos Clientes a atingir suas próprias metas de sustentabilidade, e sem deixar de lado o cumprimento das nossas metas.
Por fim, para que possamos aproveitar essa tendência que tem tudo para se concretizar, também precisamos pensar sob a ótica da sustentabilidade empresarial, considerando tecnologias como rastreabilidade, análise, energia renovável e Inteligência Artificial. Acredito que apostar em iniciativas que aumentem a eficiência energética e de materiais dos serviços de TI é o que nos permitirá proporcionar as melhores experiências.