Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York, indicou que a perda de dentes ao longo da vida aumenta em até 28% o risco de demência em comparação com pacientes com toda a dentição. O mesmo levantamento sinalizou que a perda de dentes também eleva em 21% os riscos de se desenvolver Alzheimer.
O Mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência, segundo o National Center for Biotechnology Information.
O Mal de Alzheimer é uma doença que causa a degeneração de células do cérebro, levando a um quadro conhecido como demência. Na medicina, demência se refere à redução da capacidade cognitiva persistente e progressiva. No entanto, nem todo o tipo de demência está relacionado ao Mal de Alzheimer.
Mas, graças às informações do Departamento de Neurologia da Unicamp, é sabido que o esquecimento em geral não tem, necessariamente, relação com doenças cerebrais.
A cirurgiã-dentista, especialista em saúde bucal e periodontista Dra. Bruna Conde cita que há investigações que indicam que periodontite, gengivite, dos quais a bactéria porphyromonas gingivalis, tem sido relacionada a doenças neurodegenerativas e cognitivas incluindo o Alzheimer.
“A infecção causada pela bactéria porphyromonas gingivalis é o patógeno fundamental no desenvolvimento da periodontite crônica, e estudos científicos indicam que foi identificado no cérebro de pacientes com demência.” relata a Dra. Bruna Conde.
Uma das possíveis explicações para esse fenômeno é que a perda de dentes pode estar ligada a doenças cognitivas. Uma das maiores causas para a queda da dentição são as doenças periodontais, que afetam a gengiva e comprometem o suporte aos dentes.
A perda dos dentes pode estar associada ao descuido da saúde bucal, falta de ida com frequência ao dentista, aos hábitos e estilo de vida.
Porém, o processo pode ser atrasado, até mesmo evitado, se os primeiros sinais de doença dentária forem identificados e tratados imediatamente. Ainda assim, muitas pessoas com doenças dentárias podem não ir ao dentista até a perda do dente se tornar irreversível.
“A doença periodontal, a qual é uma das doenças crônicas mais frequentes da cavidade oral, continua sendo uma doença bucal representativa que causa a perda dentária.” relata a especialista.
Pesquisadores estadunidenses que investigaram qual área da saúde bucal está associada à condição cognitiva descobriram que a perda de dente e periodontite podem estar ligadas à baixa função cognitiva em adultos de meia-idade.
No estudo, os pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill analisaram os dados medindo a função cognitiva de 11.097 participantes com idade de 45-64 anos de 1996 a 1998 de acordo com testes de memorização de palavras, substituição de símbolo e fluência na fala. Em adição, 5.942 dos 8.554 participantes foram submetidos a exames bucais para a determinação do estado da saúde bucal, número de dentes e condição periodontal.
Os pesquisadores observaram que participantes edêntulos (desdentados) tiveram níveis baixos em todos os testes de cognição comparados aos participantes dentados. Os pacientes dentados, com poucos dentes e gengiva sangrenta foram associados com resultados de baixo nível na substituição de símbolo e fluência na fala.
Deste modo, os cientistas concluíram que a associação dos baixos níveis cognitivos com a perda de dentes sugere que doenças bucais anteriores podem ser um indicativo para o declínio cognitivo.
A Dra. Bruna Conde esclarece que qualquer infecção na boca que não é controlada pode evoluir para uma infecção maior e generalizada, inclusive com risco de morte. Por isso, o acompanhamento com o dentista para raspagem/limpeza e polimento dos dentes, junto à avaliação clínica das gengivas, é recomendado pela Associação Americana de Odontologia e aplicado em quase todos os países. Junto à boa escovação e uso regular do fio dental, essas são as medidas para prevenir o aparecimento de doenças periodontais.
“Além das consultas periódicas com o Periodontista. Aconselho médicos e dentistas trabalharem em conjunto para o sucesso da saúde do integral do paciente. Cada vez vemos mais casos relacionando a boca com o corpo e elas não podem ser vistas de forma individual.” finaliza a Dra. Bruna Conde.
Mais Sobre Bruna Conde:
Dra. Bruna Conde – Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038
“Sou uma dentista antenada e busco estar ligada em tudo o que faz bem para a nossa saúde.”
Há mais de 10 anos de formada, mais de 7000 sorrisos realizados, Dra. Bruna Conde é especialista e em frequente atualização. Realiza pessoalmente todos os tratamentos listados em seu consultório através de protocolos baseados em evidência clínica e científica através do largo convívio social de pacientes, mestres renomados e profissionais da área da saúde que visam o tratamento multidisciplinar. Conhecida por ter uma postura humana, detalhista, visão do paciente como um todo, acolhedora com humor