Especialista explica que desenvolvimento do câncer pode ser multifatorial, como através do sedentarismo ou obesidade
No mês de outubro, as atenções estão voltadas para as campanhas de alertas ao risco de câncer de mama. A prevenção ainda é o melhor caminho e ela pode ser feita através do autoexame e da mamografia, além de uma rotina saudável com a prática de atividade física e alimentação equilibrada, que fortalece o sistema imunológico e ajuda a prevenir doenças.
De forma geral, a prevenção envolve: alimentação saudável, exercícios físicos, não fumar, nem ingerir bebidas alcoólicas, redução do estresse, mamografia e amamentação. Centenas de estudos epidemiológicos analisados apontam fortes evidências de que o exercício físico está associado com baixa incidência de câncer e também uma menor mortalidade.
“Não existe uma especificação de qual o melhor exercício possa trazer esse resultado, porém é importante que a pessoa encontre a modalidade que traga prazer na prática, culminando em uma melhor aderência ao programa de exercício“, explicou a Mestre em Educação Física, Aline Adães.
Aline completa informando que o desenvolvimento do câncer pode ser multifatorial. “O sedentarismo e a obesidade estão dentro deste escopo de aumento do risco da possibilidade de acometimento da doença. Ao se manter inativo o indivíduo pode elevar a chance de aumento de peso, induzir o organismo a alterações deletérias e gerar um estado inflamatório crônico que pode vir a induzir mutações celulares culminando em um câncer”, disse a especialista que também é coordenadora do curso de Educação Física na Unex e na UniFTC Vitória da Conquista.
Riscos dos fast-food
Uma vida agitada e com muita correria diária aumentam as buscas das pessoas por comidas rápidas ou alimentos industrializados. “Esses alimentos são ricos em conservantes, que podem prejudicar a saúde intestinal, diminuindo a flora natural e aumentando a permeabilidade celular, que dificulta a digestibilidade e absorção de nutrientes. Com uma má nutrição estudos indicam que esses fatores podem estar diretamente relacionados ao câncer de mama”, orienta a nutricionista Sibery dos Anjos.
A especialista acrescenta que adotar uma dieta rica em alimentos naturais, de origem vegetal ou minimamente processados ajudam a evitar a doença. “Comer regularmente frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outros legumes, de preferência orgânicos e evitar os alimentos prontos para consumo, bebidas adoçadas, entre outros”, concluiu Sibery, que também é coordenadora do curso de Nutrição da faculdade UniFTC Juazeiro.
Atividade física uma aliada no tratamento
A atividade física também é importante para pacientes que desenvolvem o câncer de mama e precisam iniciar algum tipo de terapia medicamentosa. Algumas pesquisas têm focado o exercício físico em relação ao bem-estar e melhoria da capacidade funcional. Benefícios na redução da incidência de muitos sintomas, como náuseas, insônia, perda de apetite, perda de massa muscular e massa óssea, depressão e fadiga.
“Cada vez mais o tratamento contra o câncer não tem se resumido somente à sobrevivência, mas também à reabilitação com o objetivo de melhorar a capacidade funcional e a qualidade de vida. Para essa população, a prescrição de exercícios deve ser bem orientada devido aos riscos associados e para tanto, o acompanhamento por um profissional de Educação Física é indispensável”, finaliza Aline Adães.