O cruzamento entre um seguro de vida e um fundo de rendimento fixo e resgatável atrai a atenção de muitas pessoas nos últimos anos
Proteger a família financeiramente, caso ocorra um imprevisto, é um dos principais objetivos do seguro de vida, e cada vez mais os brasileiros estão aderindo à modalidade, sobretudo após os eventos da pandemia.
No entanto, são mais conhecidos os recursos desse tipo de seguro focados para quando o segurado falece – e, só então, o dinheiro é liberado. Agora, porém, as opções de seguro de vida ganharam uma nova modalidade, chamada de seguro de vida resgatável. Com maior flexibilidade e outras vantagens, esse novo tipo de seguro vem ganhando a confiança dos brasileiros.
O que é seguro de vida resgatável?
O seguro de vida resgatável pode ser definido como uma forma híbrida entre um seguro de vida e um investimento financeiro. Ele difere dos seguros tradicionais pelo fato de permitir que o segurado tenha a possibilidade de resgatar valores do seguro mesmo que nenhum sinistro tenha ocorrido.
Nas apólices dos seguros de vida convencionais, o segurado deve fazer aportes mensais que vão compor o prêmio, e esse valor só pode ser resgatado em determinados casos especificados no contrato, mediante um sinistro que ocorre em casos de invalidez, doenças graves e morte. Há, em alguns casos, outros motivos que também podem ser adicionados ao contrato.
Já no seguro resgatável o aporte é feito da mesma maneira, porém, após um período de carência, o segurado pode resgatar o valor total ou parte dele, em caso de alguma necessidade, sem ocorrer uma quebra de contrato, uma vez que esse resgate é previsto na modalidade.
Quais são as vantagens do seguro de vida resgatável?
O seguro de vida resgatável possui algumas características que muitos podem considerar como vantajosas, especialmente se comparado ao seguro de vida convencional.
Dentre as suas muitas vantagens, está a flexibilidade: muitas pessoas acabam se sentindo apreensivas quando decidem investir em uma apólice de seguros, devido ao tempo e investimento para um prêmio que provavelmente aquela pessoa desfrutará. Isso torna o seguro tradicional em um benefício intangível, que desmotiva as pessoas a fazerem sua contratação.
Já quando existe a possibilidade de resgate total ou parcial do prêmio a coisa muda de figura. Nessa modalidade, é possível, inclusive, fazer uma apólice com validade menor, transformando o seguro de vida resgatável em um investimento em médio e longo prazo, como uma recompensa tangível.
Outra vantagem está no reajuste de idade. Em seguros de vida tradicionais, o valor do prêmio inicialmente é mais baixo, e, conforme o segurado envelhece, esse prêmio aumenta, como forma de compensar os riscos provenientes da idade mais avançada.
Já na modalidade resgatável o valor inicial é mais alto, em comparação com o tradicional, mas a diferença ao longo dos anos é menor. Isso acontece porque esse seguro é reajustado pelas taxas econômicas, e não pela idade do segurado.
A terceira vantagem é que possui uma rentabilidade passiva, embora não deva ser considerado como um investimento que exclua outras formas de construir reservas financeiras. Por ser indexado pelo IPCA, o seguro resgatável garante rendimentos e evita que o dinheiro investido seja desvalorizado pela inflação ao longo do tempo.