Doença que afeta milhões de pessoas pelo mundo será um os temas do evento CONARH SAÚDE, que será realizado no dia 23 de agosto, em São Paulo (SP)
A síndrome do esgotamento profissional, mais conhecida como Burnout, afeta milhões de pessoas pelo mundo e é reconhecida como doença ocupacional pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Para os gestores de empresas, é fundamental entender e saber identificar essa enfermidade para garantir um melhor ambiente de trabalho e o bem-estar dos funcionários. Esse é um dos temas que será abordado no CONARH SAÚDE (Congresso Nacional de Recursos Humanos, com foco em Saúde), promovido pela ABRH-Brasil (Associação Brasileira de Recursos Humanos) e ASAP (Aliança para a Saúde Populacional) no próximo dia 23 de agosto.
“Será que podemos contribuir para evitar o Burnout? A boa notícia é que podemos aprender os sinais mais sensíveis dessa doença, muito antes que o quadro se agrave. Dessa forma, temos a chance de alertar líderes na empresa, familiares e amigos para encaminhar o caso, quando necessário, a especialistas como psicólogos e psiquiatras”, afirma psicólogo Luiz Edmundo Rosa, diretor da ABRH Brasil, com foco em Saúde Corporativa, e coordenador do CONARH SAÚDE.
Para Luiz Edmundo, o Burnout é uma forma de desequilíbrio mental grave, cada vez mais comum. Ele ocorre pela incapacidade de uma pessoa perceber e reagir corretamente às alterações em seu estado mental. Contudo, é possível afirmar que também pode haver inaptidão de sua família, amigos e colegas, uma vez que não foram capazes de ver ou de agir a tempo, para evitar que essa síndrome se agravasse.
O Burnout pode causar sérios danos psíquicos e sociais, difíceis de serem resolvidos, tanto pela pessoa, como por todos de sua convivência. Depois que a crise eclodir, o tratamento pode ser longo e com um elevado custo emocional e financeiro. Os sinais que antecedem a uma crise podem ser identificados numa escala de gravidade, medida pelo aprofundamento do quadro, que vai agregando sintomas cada vez mais sérios.
“Alguns sinais são mais fáceis de serem percebidos. Outros, entretanto, são mais difíceis de detectar e a pessoa afetada pode não ter consciência do que está acontecendo, exigindo uma observação mais refinada, o que inclui desde um diálogo amigável a uma consulta com um profissional”, explica Luiz Edmundo.
São muitos os indícios de alerta. Confira, abaixo, 12 pontos que são muito comuns e podem ser suficientes para indicar a necessidade de um processo de ajuda. O risco do Burnout cresce com a persistência, progressão e combinação desses indicativos. Os sinais foram colocados numa escala de risco, divididos nas cores amarelo (leve), laranja (moderado) e vermelho (grave).
Zona Amarela
1. Elevação da ansiedade
Viver em ansiedade é algo normal em nossas vidas, mas quando ela cresce em demasia, e assim permanece, é um sinal de que algo não vai bem.
2. Aumento da irritabilidade
A forma alterada das pessoas reagirem, fora do esperado, com respostas bruscas e agressivas.
3. Alteração do nível de energia
Alguns passam a chamar a atenção pelo excesso de energia e agitação. Outros vivem o oposto, demonstrando cansaço e pouca motivação. Ficam mais quietos e isolados, rejeitando convites de amigos e colegas.
4. Falhas de memória
É o caso de pessoas que começam a se esquecer de horários e compromissos anteriormente assumidos.
Zona Laranja
5. Transpiração excessiva
Quando a transpiração ocorre acima do normal, e se torna frequente, isto pode indicar que o colaborador está sob tensão. Ou seja, pode indicar um nível elevado de estresse e dificuldade para relaxar.
6. Insônia crônica
A perda regular do sono é uma séria ameaça à saúde e precisa ser logo corrigida. Podemos perceber pelos sinais cansaço, olheiras, olhos avermelhados, bocejos frequentes e irritabilidade.
7. Alteração de Peso
Alguns sob estresse elevado, passam a comer descontroladamente e logo ganham peso. Contudo, há outros que perdem o apetite e emagrecem.
8. Taquicardia e pressão
Sob forte tensão, os batimentos cardíacos e a pressão arterial se elevam a ponto de alguns registrarem taquicardias abruptas e desconfortáveis. Um dos sinais é se sentir cansado e suar em demasia.
Zona Vermelha
9. Angústia profunda
Indica desconforto generalizado e indefinido com a sensação de vazio ou de que algo grave vai acontecer, respiração ofegante, falta de ar e calor.
10. Sentimento de desesperança
Acontece quando alguém sofre de um conjunto de fatores negativos e persistentes, como angústia, insônia, estresse, sensação de cansaço e a desesperança se aprofunda.
11. Perda do sentido da vida
Quando o nível de estresse se agrava e a autoestima cai, tudo pode parecer difícil e sem sentido. Em meio ao desânimo e depressão, a pessoa muitas vezes verbaliza que sua vida não tem mais sentido.
12. Vontade de morrer
Se a depressão atingir um grau máximo, aprofunda a sensação de que não há saída, a não ser morrer. É um momento que exige ajuda urgente, pois o sofrimento pode ser insuportável, com alto risco de vida.
Sobre a ABRH Brasil
A ABRH Brasil, presidida por Paulo Sardinha, está presente em 22 Estados e no Distrito Federal. As seccionais são desvinculadas juridicamente e independentes, integradas na missão de promover o desenvolvimento dos profissionais de RH e gestores de pessoas por meio de eventos, pesquisas e troca de experiências, além de colaborar com os poderes públicos e demais entidades nos assuntos referentes à sua área de atuação. Filiada à WFPMA (World Federation of People Management Associations) e à FIDAGH (Federación Interamericana de Asociaciones de Gestión Humana), a ABRH Brasil é cofundadora e integra a CRHLP (Confederação dos Profissionais de Recursos Humanos dos Países de Língua Portuguesa), fundada em 2010.
SERVIÇO
CONARH SAÚDE
Data: 23 de agosto
Horário: Das 8h30 às 18h30
Local: Amcham SP (Câmara Americana do Comércio) – Rua da Paz, 1431 – Chácara Santo Antonio
Site oficial: https://conarh.org.br/saude/