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Mitos e verdades: o que ajuda e o que atrapalha as suas chances de engravidar

Algumas mudanças na alimentação, prática de atividades físicas e outras dicas importantes para quem está pensando em aumentar a família

Todo mundo tem uma dica boa para quem está tentando engravidar. Muitas são passadas de geração em geração, outras vão se espalhando por aí das mais variadas formas. Mas o assunto é sério e nada melhor do que consultar quem entende do assunto para colocar em prática os planos de aumentar a família.

Confira as dicas do Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, e tenha desde já muito mais saúde e disposição.

Consulta pré-concepcional

A melhor forma de começar os planos de aumentar a família é agendar uma consulta ao ginecologista e obstetra de sua confiança. Este profissional poderá orientar adequadamente sobre exames que devem ser feitos ainda antes da gravidez e poderá tirar todas as dúvidas sobre alimentação e hábitos que podem ser melhorados.

Os exames, neste momento, têm objetivo não apenas de avaliar a saúde da mulher, mas também revelar detalhes sobre o seu sistema imunológico.

“Os exames são muito parecidos com aqueles que serão solicitados no pré-natal, além de exames específicos, conforme cada caso. Os resultados revelarão se já houve contaminação por doenças como sífilis ou hepatites, principalmente B e C, e se há anticorpos para citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola, que são bastante graves durante a gravidez”. 

Vida saudável

Em relação à alimentação, o especialista explica que deve ser o mais natural possível, evitando alimentos com excesso de cafeína, frituras e gorduras.

“A prática de exercício físico é fundamental. Além da manutenção do peso, a atividade física ajuda na regulação hormonal e de neurotransmissores, favorecendo uma boa ovulação e aumentando as chances de gravidez. Os exercícios devem ser mantidos durante a gestação, evitando o ganho excessivo de peso e prevenindo o surgimento de hipertensão e diabetes gestacional”.

Outra orientação importante está relacionada à vitamina D.

“A reposição de vitamina D é muito importante e só por alimentação é muito difícil obter a quantidade ideal. Assim, caso não seja possível estar ao ar livre ou exposto à claridade em tempo suficiente, é importante que haja reposição com medicamento”.

O que entra e o que sai do cardápio

Confira os alimentos que não podem faltar no seu cardápio:

• Verduras e legumes ricos em licopeno, como o tomate e as frutas vermelhas, pois são ricos em ácido fólico

• Vegetais verdes escuros, como a couve e o espinafre, que são fontes de zinco, selênio e vitamina B 12

• Água: a hidratação é fundamental sempre, e na gravidez terá papel ainda mais importante. Então, acostumar desde já a tomar bastante água é ótimo

O que deve ser evitado:

• Gorduras, principalmente as gorduras trans

• Cafeína

• Bebidas alcoólicas 

Vacinas em dia

As vacinas são muito importantes nesta etapa e, caso a mulher tenha a sua carteirinha de vacinação, deve levá-la nesta primeira consulta ao obstetra.

Além das vacinas para Covid, também será indicada a realização da vacina da gripe anualmente.

Outras vacinas poderão ser solicitadas, conforme os resultados dos exames.

“No caso da rubéola, caso os exames identifiquem a falta de proteção para a doença, a vacina deve ser feita pelo menos três meses antes de engravidar. Eventualmente, serão solicitadas vacinas para hepatites A e B”.

Atenção aos vilões

Durante a gravidez, as bebidas alcoólicas estarão proibidas. Antes disso, o ideal é evitar, pois assim como a cafeína, o álcool pode interferir na ovulação.

O ácido fólico também deve ser iniciado três meses antes de engravidar, mas deve ser feito sempre com orientação médica.

“No Brasil, temos fortificação de alimentos com ácido fólico, como as farinhas de trigo e de milho, mas na dúvida, é importante fazer a reposição, pois esta vitamina é muito importante na formação do tubo neural, melhorando o bom desenvolvimento dos órgãos e ajudando na prevenção de malformações. No entanto, a superdosagem é muito perigosa e pode trazer repercussões sérias”, alerta o Dr. Alexandre.