Especialista afirma que mudanças comportamentais súbitas podem indicar algo errado na vida de pequenos
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O caso envolvendo denúncias de tortura psicológica a crianças de uma escola infantil da Zona Leste de São Paulo chocou o País. Embora a violência ocorresse todos os dias, pais e guardiões não desconfiavam das irregularidades cometidas dos portões para dentro do ambiente escolar. Segundo especialistas, é difícil identificar a dor emocional em pessoas com pouca idade, porém é possível reconhecer sinais de abuso por meio de mudanças comportamentais.
A coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professora Cláudia Freitas, explica que essas situações afetam o desenvolvimento infantil, inibem o aprendizado e geram impactos que podem perdurar até a fase adulta. “As influências e os traumas psicopatológicos acompanham a vida dos pequenos nos diferentes âmbitos sociais e implicam na forma como vão lidar com as emoções e com as outras pessoas quando crescerem”, afirma.
A psicóloga esclarece que dificilmente as crianças e jovens irão expor seus sofrimentos de forma direta. Alguns indicativos comuns abordados pela profissional são desânimo recorrente, choros frequentes, problemas na linguagem, além de frustração e agressividade constantes. A mudança súbita no comportamento também representa um alerta. “Se, de repente, o seu filho se recusa a fazer tarefas do dia a dia, como tomar banho, dormir ou ir para escola, ou até mesmo brincar, é preciso investigar o quadro”, recomenda.
Em alguns casos, é comum que haja regressão na forma de agir. Segundo a docente, as crianças passam a apresentar padrões infantilizados que já não são mais adequados para sua idade. “Pode ser que eles voltem a falar de maneira infantil, tenham dificuldade na comunicação, peçam para dormir com os pais ou para usar chupeta e mamadeira”, exemplifica.
VIOLÊNCIA FÍSICA
Os indícios de que esteja acontecendo violência física ou abuso sexual são os mesmos que ocorrem em torturas psicológicas, com a exceção de marcas suspeitas no corpo que podem ser percebidas por pais e guardiões. “Machucados comuns são esperados em crianças pequenas, porém hematomas nos dorsos das mãos, nas costas ou na região íntima são considerados preocupantes”, alerta.
Nesses casos, o ideal é procurar ajuda médica para analisar os sinais e alcançar a verdade. De acordo com a psicóloga, a atenção a esses sintomas é importante, principalmente, em bebês que não falam ou ainda estão aprendendo a falar.
COMO AGIR
Especialistas defendem que são inúmeros os motivos que podem impactar no comportamento de crianças, porém, se houver suspeitas quanto a irregularidades e maus tratos, o indicado é abrir diálogo e entender o que elas têm a dizer. “Podemos incentivá-las a contar sobre o seu dia com perguntas fáceis, por exemplo”, afirma. “Também pode-se estimular a expressar por meio de desenhos, brincadeiras e outros recursos lúdicos”, completa.
É possível encontrar apoio profissional para solucionar casos em terapias e acompanhamentos psicológicos. O Brasil dispõe de um número para denúncias em episódios que geram desconfiança, o “Disque 100”, além do suporte oferecido por conselhos tutelares.
Sobre a Anhanguera
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