Por Gabriel Kessler
Existem diversos fatores que podem causar a saída dos funcionários da sua empresa. É possível perder talentos por conta de salários pouco competitivos, rotina estressante de trabalho, ambientes que não estimulam o crescimento profissional, lideranças pouco empáticas, entre várias outras possibilidades.
Não é por acaso, porém, todos esses fatores podem ser evitados com uma cultura organizacional forte, sólida e diversa. Ela é a maior influência sobre como as coisas acontecem no ambiente corporativo, portanto pode ser uma ferramenta poderosa para trabalhar a retenção de talentos.
Por isso, é fundamental falar sobre a relação próxima entre cultura corporativa
O papel da cultura corporativa
Dinheiro já não é tudo na hora de um funcionário escolher onde prefere trabalhar. Uma pesquisa feita pela multinacional de coworkings IWG aponta que ao ser oferecida uma mesma posição em diferentes empresas, a maior parte dos entrevistados aceita a vaga na empresa que oferece uma cultura mais flexível de trabalho, e não na que oferecesse o melhor plano de carreira ou o maior contracheque.
A cultura organizacional não é apenas o que fica acordado no papel sobre onde a empresa quer chegar, mas transborda também para tudo o que se concretiza no dia a dia, certo? Com isso, ela afeta diretamente o bem-estar do funcionário ao longo de 8h do seu dia.
Essa combinação entre impactar profundamente o dia a dia de trabalho da empresa + a influência que tem sobre o bem-estar do trabalhador é o que torna a cultura organizacional tão decisiva, no sentido de repelir ou de reter os talentos da companhia.
Por isso, empresas que atuam na prática (e não apenas no discurso) para tornar o ambiente de trabalho inclusivo, aberto à participação de todos e com a comunicação interna estimulante, por exemplo, tendem a criar vínculos mais profundos com a sua força de trabalho.
É também a cultura empresarial que torna a sua empresa única. A maneira como os seus funcionários se portam, se vestem, a organização hierárquica das
E, uma vez que o funcionário gosta dessa combinação, se sente parte dela e se identifica com a forma como as coisas são feitas, é criada uma sensação de pertencimento e lealdade que dificilmente poderá ser sentida em relação a uma nova empresa da qual ele não faça parte.
Tudo isso é levado em consideração na hora de decidir se deve deixar o cargo na sua organização pela proposta recebida em outro lugar. E, quando a cultura organizacional faz com que o funcionário se sinta parte da empresa, é muito mais difícil decidir partir.
Ferramentas para engajar os funcionários no dia a dia
A edição 2021 da Trust Barometer, realizada pela Edelman, aponta que, em comparação ao governo, às ONGs e à mídia, as empresas são consideradas a única instituição confiável, competente e ética, com um índice de 61%. Essa avaliação abre um espaço importante para o fortalecimento da Comunicação Interna e do papel do líder comunicador.
Por conta disso, entendemos que os colaboradores assimilam o que é comunicado pelas empresas como verdade, na maior parte dos casos, e isso também reforça a importância de uma cultura organizacional que tenha a confiança como um de seus pilares de sustentação.
Garanta que as lideranças estejam comprometidas com o desenvolvimento do funcionário. Todo funcionário quer crescer na carreira. Saber que existe alguém olhando pelo seu futuro, disposto a ajudá-lo a corrigir seus erros, a apostar nos seus pontos fortes e a chegar a algum lugar melhor é valioso para fazer com que ele queira ficar e aprender mais na sua empresa.
Para isso, é preciso treinar as lideranças para que enxerguem o desenvolvimento da equipe como uma prioridade no seu dia a dia e algo valoroso para a empresa.
*Gabriel Kessler é CGO do Dialog.ci, startup responsável por desenvolver uma plataforma online de comunicação interna e RH, que funciona como um hub para o colaborador e melhorar o engajamento dentro das empresas.