Hoje o cachorro que foi agredido pelos donos há pouco menos de três semanas, no dia 21, deixou a clínica onde passou por cirurgia e primeira etapa de recuperação e foi levado para um local reservado, que a Prefeitura não divulga para garantir a segurança do animal e uma recuperação mais rápida.
A veterinária Marina Vicente Tristão, chefe do setor de Zoonoses e Bem Estar Animal, explicou que o Black está se acostumando aos poucos com o tratamento e é preciso evitar estresse, que poderia ser provocado pela presença de curiosos. “Assim, essa nova etapa dos cuidados será mais eficiente”, disse a veterinária.
Até esta quinta-feira, 10, o cão Black estava internado na clínica da Casa da Roça, cuja proprietária, Maria José, informou sobre o atendimento feito à custa da Prefeitura.
“Quando chegou, ele estava muito ferido com aparente fratura da mandíbula e edema na cabeça perto do olho”, informou. A veterinária reservou dois ambientes para o Black a fim de facilitar a limpeza. Ele estava sendo alimentado com uma comida pastosa na fase inicial do tratamento. “Ele estava muito bravo no começo, depois foi se acalmando. Hoje quando estava preparando a saída dele pensamos que daria trabalho, mas, foi tranqüilo. Colocamos a focinheira e entregamos para ser levado a outro ambiente”, concluiu a veterinária.
DESTINO DO BLACK
A veterinária Marina Tristão, chefe do setor de Zoonoses e Bem Estar Animal da Prefeitura, foi a encarregada de resgatar o cão no dia da agressão. Ela encontrou o Black muito bravo e precisou aplicar anestesia para pegá-lo com a ajuda dos guardas municipais. “Hoje os cuidados que tomamos no sentido de não haver visitas é porque ele não pode fazer o esforço de latir porque se recupera da mandíbula fraturada. Há o risco de ele estranhar as pessoas e se irritar”, explicou.
A tutela judicial prossegue enquanto várias pessoas se apresentam para adotar o Black, mas, isso só será decidido depois que o Juiz der a sentença sobre a agressão. Enquanto isso, o cachorro continua sob a responsabilidade da Prefeitura de Guaíra.
O chefe do setor de Vigilância em Saúde, Wilker Gléria de Oliveira, não sabe quanto tempo essa tutela vai durar. Após a sentença do Juiz é que serão tomadas as providências para definir o destino do cão, que se apresenta tímido e com medo. Quando alguém desconhecido se aproxima ele rosna discretamente, como que a avisar para não se aproximar. Gléria explicou que é necessário esse cuidado do isolamento para uma recuperação mais rápida e, dada a repercussão em nível nacional que seu caso resultou, também é preciso pensar em segurança. “Tudo para garantir os cuidados plenos da Prefeitura”, finalizou.