Setor de e-commerce cresceu 56,8% em 2021; desde 2019, oferta delivery teve salto de 600%
A preocupação com a imunidade e a busca por medicamentos e vitaminas que previnem doenças fez com que o setor farmacêutico tivesse um salto histórico de crescimento de vendas nos últimos anos. De acordo com a Abrafarma (Associação Brasileira de Farmácias), as maiores redes de farmácia do Brasil fecharam o ano passado com faturamento de R$ 67,5 bilhões. Aumento de 16,04% em relação a 2020. A pesquisa da Abrafarma reúne 26 redes de drogarias do Brasil e, segundo a Associação, este é o maior crescimento registrado nos últimos dez anos.
Segundo o chefe de redação da MyPharma, startup que auxilia empresas do ramo farmacêutico com ferramentas para vendas online, Jair Paulo Siqueira, os dados do setor comprovam que a alta se deve à procura por itens de prevenção à gripe e ao resfriado. “As vendas de polivitamínicos e minerais tiveram um crescimento muito expressivo, de 19,7%. Os testes de diagnóstico também cresceram de forma assustadora: 727,4%, o que nitidamente revela essa preocupação das pessoas com a saúde e, principalmente, com a prevenção”, afirma.
As operações de delivery e e-commerce foram as que mais cresceram, devido a necessidade da população de ficar em casa por conta da disseminação do coronavírus. De acordo com a Abrafarma, a alta foi de 56,8%, com alcance de R$2,8 bilhões em vendas só nas redes analisadas.
“E a previsão para o setor é de ainda mais crescimento para 2022, de 15% a 25%. Isso tudo impulsionado pela compra de medicamentos para gripes e resfriados, aumento da procura por itens da categoria de não medicamentos como vitaminas e suplementos e, com isso, a abertura de lojas e de centenas de novos e-commerces que aumentam a oferta e geram mais demandas ao setor”, explica Jair.
Outro ponto destacado pela Abrafarma é a ampliação de serviços ofertados pelas drogarias. Muitas farmácias investiram para que as unidades tivessem assistência primária à saúde, como a própria realização de testes de Covid.
“É uma tendência do ramo farmacêutico e que muitas drogarias vão precisar se adaptar, para oferecer uma gama maior de serviços à comunidade e, desta forma, alavancar as vendas”, conclui.