Tumor costuma ocorrer em crianças com menos de 5 anos de idade, como a pequena Lua
O apresentador e jornalista Thiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, anunciaram hoje que a pequena Lua foi diagnosticada com retinoblastoma.
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo e neuroftalmologista, trata-se de um tumor maligno que tem origem nas células da retina.“É um tumor que tem origem genética, ou seja, é causado por uma mutação;’.
“Foi um dos primeiros tumores em que se encontrou essa base genética. Essa mutação leva a um crescimento desordenado das células da retina. Lembrando que a retina é a porção do olho que recebe a imagem e a envia para o nervo óptico, que por sua vez a envia para o cérebro. Portanto, a retina é uma estrutura de suma importância para a visão”, explica Dra. Marcela.
Idade precoce
“O retinoblastoma aparece em crianças pequenas, entre os 8 meses aos 3 de idade, mas pode afetar crianças até por volta dos 5 anos. O tumor pode afetar um ou os dois olhos. Em alguns casos, o tumor também afeta a glândula pineal”, aponta a médica.
“O mais importante sobre o retinoblastoma é que o diagnóstico precoce é fundamental para um melhor desfecho clínico. Isso quer dizer que quanto antes iniciarmos o tratamento, menos agressivo será”, confirma Dra. Marcela.
O principal sinal do retinoblastoma é um reflexo esbranquiçado no olho da criança. Em algumas fotos, podemos ver um reflexo vermelho, que é exatamente como deve ser. Quando esse reflexo muda de cor, para tons de branco ou amarelado, é um sinal de alerta e o oftalmologista infantil deve ser procurado com urgência”, ressalta Dra. Marcela.
Quimioterapia é o principal recurso terapêutico
“O tratamento padrão para o retinoblastoma é a quimioterapia. Pode ser via oral, como também por meio de um cateter que injeta o medicamento diretamente no olho, sendo essa mais indicada para um bom resultado”, explica a especialista.
“Mas, infelizmente, alguns casos necessitam de remoção cirúrgica do tumor que inclui a retirada, inclusive, do globo ocular. Naturalmente, é a última alternativa, mas dependendo do grau de acometimento é a única opção”, diz Dra. Marcela.
“Por isso, o diagnóstico precoce é a principal ferramenta para tratar o retinoblastoma sem que o tumor se espalhe para outras regiões ou cresça a ponto de afetar o globo ocular. Assim, levar o bebê em seu primeiro ano de vida ao oftalmopediatra é tão importante”, finaliza a médica.