Verão, sol, altos índices de UV e registro de temperaturas elevadas são alguns dos pontos que reforçam a importância dos cuidados para prevenir o câncer de pele nesta estação do ano. A neoplasia tem cerca de 185 mil novos casos registrados a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Na região de Ribeirão Preto não precisa apenas ser verão para o sol aparecer com mais intensidade: nos últimos anos a cidade alcançou por diversas vezes a variação no índice UV entre 8 e 10 – considerados ‘Muito Altos’.
Para este clima de verão, segundo a oncologista Cristiane Mendes, da Oncoclínicas Ribeirão Preto, os cuidados são simples, necessários e eficazes, podendo ser adotado facilmente na rotina. “O objetivo é criar uma barreira entre a pele e os raios solares, para diminuir o dano direto provocado pela radiação. Consideramos evitar exposição prolongada ao sol entre 9-16h, usar protetor solar no mínimo de fator 30, usar roupas de manga comprida, óculos de sol e protetor labial”, afirma a médica.
Para esclarecer outras dúvidas sobre o câncer de pele que acabam surgindo ao longo da estação, a médica da Oncoclínicas Ribeirão Preto, Cristiane Mendes, responde, abaixo, cinco pontos importantes:
– É preciso se proteger dos raios solares em dias nublados?
Mesmo em dias não ensolarados, não estamos livres dos raios ultravioleta, já que eles são capazes de ultrapassar nuvens carregadas ou superfícies de vidro, por exemplo, causando queimadura, alergia e envelhecimento da pele. Por isso, o uso do protetor solar diariamente é indispensável, faça chuva ou faça sol.
– Pessoas com pele, cabelos e olhos claros têm mais riscos em relação ao câncer de pele?
Sim! Quem possui menos pigmento na pele conta com menor proteção contra as radiações ultravioleta. A melanina, responsável por dar cor a pele também forma uma barreira protetora que diminui os danos provocados na pele. Portanto, temos que aumentar a proteção com bloqueio artificial — através do uso de protetor solar e barreiras como roupas de mangas e uso de chapéu.
– Além da exposição excessiva ao sol, existem outras causas para o surgimento de câncer de pele?
Indivíduos com histórico pessoal/familiar de câncer de pele, com feridas crônicas ou com áreas de queimaduras antigas, estão mais suscetíveis a desencadearem a neoplasia. Existem lesões pré-malignas que se não retiradas, podem evoluir para tumor invasor. Exposição a bronzeamento artificial também deve ser citado como fator de risco para desenvolver a doença.
– Como diferenciar uma pinta comum de uma lesão mais grave?
É preciso ficar alerta ao corpo e aos sinais. Uma pinta que aumente de tamanho, varie de cor, perca a definição das bordas ou até sangre é sinal de alerta. Outras lesões cutâneas com crescimento rápido ou de difícil cicatrização devem também ser analisadas com atenção por um especialista. Para os melanomas temos características de assimetria da lesão (se você dividir a lesão no meio, as metades não são iguais), contornos irregulares, cor marrom ou preta, diâmetro maior que 6 mm e crescimento rápido (paciente nota que a pinta está crescendo nos últimos meses).
– Machuquei uma pinta, e agora?
A orientação é lavar o local com água e sabão e procurar um dermatologista para avaliar se é necessário usar alguma medicação para evitar infecção local e ajudar na cicatrização. Se tiver sangramento que não para, às vezes é necessário uma intervenção mais rápida e até retirada completa da lesão. Não usar medicações ou pomadas por conta própria.