As doenças cardiovasculares, caracterizadas por problemas do coração e da circulação, representam a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, estima-se que, até o final do ano de 2022, cerca de 400 mil cidadãos morrerão por doenças do coração. Muitas delas podem ser evitadas por meio do diagnóstico precoce, tratamento adequado e, principalmente, cuidados preventivos. Com o avanço da medicina, os aparelhos de alta precisão têm se tornado grandes aliados dos especialistas na promoção da saúde e do bem-estar dos pacientes.
Na Hemodinâmica, por exemplo, o cateterismo cardíaco é um procedimento que identifica as obstruções nas artérias do coração e verifica as alterações no funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco. Quando a técnica surgiu, o exame era utilizado apenas como um método de diagnóstico, mas atualmente a realização deste exame pode solucionar diversos problemas cardiovasculares congênitos ou adquiridos. Segundo Nádia de Mendonça Carnieto, coordenadora médica de Hemodinâmica Cardíaca da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), “o cateterismo cardíaco é indicado principalmente para pessoas com casos de angina (dores no peito) ou diagnóstico de infarto, e tem como objetivo identificar placas de gordura existentes nas artérias do coração.”
Mais precisão e menos invasivo
Um serviço como a Hemodinâmica permite reduzir o número de cirurgias cardíacas abertas, que normalmente têm uma recuperação mais lenta e são muito mais invasivas para o paciente. O exame de cateterismo cardíaco geralmente é realizado com o paciente acordado, com anestesia local, com o uso de um angiógrafo de alta tecnologia, que possibilita a inserção de cateteres por meio da punção de vasos sanguíneos na virilha, punho ou antebraço até chegar ao coração, onde visualizam-se as artérias coronárias.
Para a visualização dessas artérias, são feitas injeções de contraste iodado. “É essencial que os avanços da máquina e do conhecimento médico andem juntos, proporcionando maior sucesso nos procedimentos e, consequentemente, menos complicações”, confirma Dra. Nádia.
Apesar de ser uma técnica bastante rápida e efetiva, há recomendações para o paciente no pós-exame, que exigem repouso relativo, normalmente de três horas, e cuidados na via de acesso, segundo a médica. O tratamento, conhecido como angioplastia coronária, trata-se da colocação de um stent nas placas de gordura existentes nas artérias do coração, com o objetivo de desobstruir e reestabelecer o fluxo sanguíneo. “Caso o exame de cateterismo cardíaco aponte que o paciente precisa passar pela angioplastia, o procedimento é realizado de forma segura e eficaz, normalmente proporcionando alta em até 24h.”
Ainda segundo Nádia, o avanço da medicina permite o acesso a tratamentos modernos e menos invasivos, mas apesar disso, é essencial que a população não deixe de fazer check-ups anuais com o médico cardiologista de confiança, com o intuito de prevenir ou detectar qualquer problema ainda em estágio inicial, além de adotar um estilo de vida mais saudável, com alimentação balanceada e atividades físicas.
Sobre a FIDI
Fundada em 1985 por médicos professores integrantes do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina — atual Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) –, a FIDI é uma Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas. Com 1.910 colaboradores e um corpo técnico formado por mais de 500 médicos, a FIDI está presente em 76 unidades de saúde nos estados de São Paulo e Goiás, e é a maior prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do SUS, realizando aproximadamente 5 milhões de exames por ano, entre ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia, mamografia, raios-X e densitometria óssea.
A Fundação também trabalha na proposição de soluções inovadoras para a saúde pública, como o sistema de análise de imagens de tomografia computadorizada por inteligência artificial, e participou da primeira Parceria Público-Privada de diagnóstico por imagem na Bahia. Por duas vezes, a FIDI recebeu o prêmio Referências da Saúde 2019 e 2020, na categoria Qualidade Assistencial, e por três vezes foi medalhista em desafios internacionais de aplicação de inteligência artificial no diagnóstico por imagem, propostos na conferência anual da Sociedade Norte-Americana de Radiologia, considerado o maior congresso do setor no mundo. Ao final de 2020, a Central de Laudos da FIDI obteve a certificação ISO 9001:2015 de Gestão da Qualidade, pela International Organization for Standardization e, em 2021, recebeu o selo de “Excelente Empresa Para se Trabalhar” (GPTW).