O e-commerce brasileiro está em grande progresso desde 2020, sendo um dos poucos setores que conseguiram crescer durante a pandemia. Com um faturamento recorde de R$ 53,4 bilhões apenas no primeiro semestre de 2021, o setor apresentou um crescimento de 31% se comparado ao ano anterior, de acordo com o levantamento da Ebit | Nielsen em parceria com o Bexs Banco.
Além de ter sido impulsionado pela pandemia, as inovações tecnológicas apresentadas ao ramo no decorrer dos últimos meses também contribuíram para sua expansão. O lançamento do Pix em novembro de 2020 apareceu em boa hora e tornou-se, além de um método rápido de transferência de pessoa para pessoa, mais uma alternativa de pagamento no comércio, inclusive online. O Pix conquistou seu espaço e em maio deste ano já era oferecido como opção de pagamento por cerca de 32,2% dos e-commerces, de acordo com pesquisa realizada pela Consultoria Gmattos.
Agora, um antigo conhecido dos brasileiros também se apresenta como uma boa solução para pagamentos no e-commerce: o cartão de débito, que já era oferecido em algumas lojas virtuais, mas cuja complexidade afastava os consumidores, visto que era necessário um módulo de segurança do internet banking instalado no computador. Além disso, o consumidor era redirecionado até a página de seu banco para concluir a compra. E mais: pagar com o cartão de débito no celular não era possível. Com novas tecnologias disponíveis no mercado, como o Débito Flash™, solução que elimina o redirecionamento do cliente para a página do banco e funciona em dispositivos móveis, o processo de pagamento com cartão de débito no e-commerce se tornou mais simples.
A implementação de tecnologias que facilitam o pagamento com cartão de débito nas lojas virtuais contribui fortemente para o aumento das vendas online e a solidificação do e-commerce. Segundo o Banco Central, existem mais de 160 milhões de cartões de débito ativos no Brasil; com o processo de pagamento otimizado para o débito, parte da população que não utiliza cartão de crédito, e que gostariam de uma alternativa ao boleto na hora de pagar à vista, pode ser contemplada.
Neste cenário, o cartão de débito também pode competir com o Pix, que por ser um método de pagamento novo no e-commerce, ainda gera dúvidas nos consumidores na hora de usá-lo. Além de segura e com escassas chances de fraudes, a experiência de pagamento com cartão de débito se assemelha com a do cartão de crédito, o meio de pagamento preferido dos brasileiros em compras online, utilizado por 52% da população, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae.
Com a grande demanda impulsionada pela pandemia, o setor de e-commerce evoluiu muito em um período curto. Nada mais justo, então, que os meios de pagamento, fundamentais nesta jornada, acompanhassem este progresso. A otimização do pagamento com cartão de débito é um grande passo para o futuro das vendas virtuais e tem potencial para mudar a forma de comprar do brasileiro e as oportunidades de vendas dos comércios. O e-commerce tem muito a ganhar agora.
Ralf Germer é CEO e cofundador da PagBrasil, fintech brasileira líder no processamento de pagamentos para e-commerce ao redor do mundo