Uma nova parceria entre a Johnson & Johnson Medical Devices Companies (JJMDC) e a Microsoft foi anunciada recentemente, estabelecendo a Microsoft como a provedora de nuvem preferencial da JJMDC para suas soluções de cirurgia digital.
A Microsoft Corp. e a Johnson & Johnson Medical Devices Companies (JJMDC) anunciaram uma nova parceria estratégica que tornará a Microsoft a provedora de nuvem preferencial da JJMDC para suas soluções de cirurgia digital.
Quando um paciente chega a uma sala de emergência, geralmente um médico faz perguntas sobre os sintomas e o histórico de saúde e provavelmente pedirá exames de sangue para, em seguida, com todas essas informações, tentar fazer um diagnóstico.
Se inteligência artificial (IA) e machine learning fossem ser aplicados a essa situação, um algoritmo poderia gerar vários diagnósticos possíveis para ajudar o médico a identificar o diagnóstico correto de forma mais rápida e fácil.
Esse cenário é um dos previstos numa nova colaboração plurianual entre a Johnson & Johnson Medical Devices Companies (JJMDC) e a Microsoft. Anunciada há alguns dias, a iniciativa tornará a Microsoft a provedora de nuvem preferencial da JJMDC para suas soluções de cirurgia digital.
Peter Schulam, médico, PhD e chefe do Departamento de Inovação Digital da JJMDC, disse que a empresa reconheceu a necessidade de alavancar a crescente quantidade de dados gerados por seus dispositivos médicos.
“A revolução digital que acontece ao nosso redor também acontece nos dispositivos médicos”, diz ele. “Nossos instrumentos, que costumavam ser apenas mecânicos, agora podem gerar dados. Precisamos pensar em formas de agregar e processar esses dados”.
Schulam explica que, ao colocar os dados em uma plataforma de nuvem unificada, médicos e cirurgiões poderão obter informações sobre os pacientes, e potencialmente melhorar a consistência desses dados e o padrão de atendimento.
“Todos sabemos que os resultados dos procedimentos (cirurgias, procedimentos ambulatoriais) são muito variáveis para os pacientes”, diz ele. “Se tivermos os dados, poderemos fornecer orientações para ajudar a melhorar o desempenho de um cirurgião, sua capacidade de julgamento ou mesmo habilidade”.
Com sede em New Brunswick, Nova Jersey, a JJMDC fabrica tecnologias digitais que variam de robôs e instrumentos cirúrgicos a dispositivos ortopédicos. A nova plataforma conectará esses dispositivos, juntamente com registros de pacientes e sistemas de informações hospitalares, através do Azure, e a Microsoft ajudará o JJMDC a desenvolver um painel para monitorar seu ecossistema de cirurgia digital.
“Na verdade, trata-se de conectividade, mas não apenas conectividade no sentido mais tradicional, que muitas vezes envolve IoT e afins”, diz Larry Jones, vice-presidente sênior e CIO do grupo de dispositivos médicos da JJMDC. “Trata-se de conectar as diferentes áreas do atendimento médico com o potencial de torná-lo muito mais eficaz para os pacientes”.
Jones afirma que a Microsoft foi a escolha certa para a parceria estratégica, graças aos investimentos em sua nuvem de saúde, IoT, inteligência artificial e machine learning, além do kit de ferramentas seguras de produtividade e colaboração da Microsoft.
“A empresa também tem soluções prontas para uso que facilitam a construção dessa plataforma de uma maneira muito mais rápida, robusta e compatível com o tipo de conectividade e conhecimento que queremos”, diz ele. “Reunir e aproveitar nossas soluções e nossa abordagem trará resultados surpreendentes”.
A nova plataforma em nuvem da JJMDC conectará dispositivos médicos, registros de pacientes e informações hospitalares, com o objetivo de aumentar a consistência e o padrão de atendimento por meio do uso de IA, machine learning e informações de dados para criar planos de cirurgia e tratamento personalizados. Schulam diz que a JJMDC já começou a ver os benefícios da IA por meio do uso de um algoritmo desenvolvido para um dispositivo elétrico utilizado para selar vasos em cirurgias.
“Agora, podemos medir a qualidade dessa selagem com dados e enviá-los ao cirurgião para permitir que ele reduza o sangramento”, diz Schulam. “Sem a capacidade de gerar, agregar e processar esses tipos de dados, os cirurgiões não conseguiriam aproveitá-los para obter informações que facilitam a tomada de decisões clínicas em tempo real”.
No futuro, IA e machine learning poderão extrair dados do histórico de saúde de um paciente para apontar riscos potenciais que podem surgir durante um procedimento ou ajudar a equipe médica a identificar se um paciente tem maior predisposição a doenças ou condições específicas.
A nova plataforma permitirá que toda a gama de profissionais da saúde – de cirurgiões a fisioterapeutas e gestores de atendimento médico – acessem as mesmas informações do paciente em um único lugar, oferecendo uma visão holística do paciente e reduzindo o tempo necessário para ler registros médicos. Schulam explica que o aproveitamento desses dados não apenas pode reduzir a variabilidade e melhorar os resultados dos pacientes, como também ajuda os hospitais a economizar custos associados a complicações cirúrgicas.
“Complicações médicas aumentam os custos do atendimento de saúde”, diz ele. “Se pudermos ajudar a melhorar os resultados dos pacientes, isso beneficiará não só o paciente, mas o sistema de saúde como um todo”.
Schulam, que já foi chefe do Departamento de Urologia do Hospital Yale New Haven em Connecticut, diz que também há planos de usar a plataforma Azure Digital Twin para criar representações digitais de dispositivos médicos para monitoramento remoto e manutenção preditiva. Como cirurgião, Schulam já passou por situações em que procedimentos tiveram de ser cancelados porque uma máquina necessária não estava funcionando. “Usar gêmeos digitais ajuda a evitar esse problema”, diz ele.
“No futuro, se você tiver a capacidade de monitorar remotamente todos os dispositivos em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana, poderá fazer manutenção preditiva e identificar possíveis falhas antes que elas aconteçam”, comenta.
A colaboração entre as duas empresas se intensificará neste ano. Tom McGuinness, vice-presidente Corporativo da Microsoft para Ciências e Saúde Global, diz que a iniciativa destaca o impacto que a computação em nuvem e os dados podem ter na melhoria do atendimento ao paciente.
“A combinação do poder da computação em nuvem com IA e machine learning pode criar uma jornada de saúde mais holística e conectada, com o objetivo final de melhorar a vida dos pacientes”, diz McGuinness.
Schulam concorda que a colaboração pode fazer uma diferença significativa para pacientes e clientes. Segundo ele, a nova plataforma em nuvem fornecerá recursos que beneficiarão médicos e outros profissionais de saúde em todo o mundo.
“Tudo o que fazemos em nossas vidas é muito digital”, diz ele. “Pense na sua casa, no seu carro e em como as coisas estão conectadas. Todos nós vivemos isso todos os dias, e acho que todo mundo está preparado para isso acontecer no atendimento médico”.
“Estamos entusiasmados em fazer uma parceria com a Microsoft neste importante trabalho para que possamos continuar moldando um futuro em que intervenções médicas sejam mais inteligentes, menos invasivas e mais personalizadas.”
Sobre a Microsoft
A Microsoft (Nasdaq “MSFT” @microsoft) habilita a transformação digital na era da nuvem inteligente e da fronteira inteligente. A missão da Microsoft é empoderar cada pessoa e organização no planeta a conquistar mais. A empresa está no Brasil há 32 anos e é uma das 120 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975. Em 2020, a empresa investiu mais de US$ 13 milhões levando tecnologia gratuitamente para 1.765 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais. Desde 2011, a Microsoft já apoiou mais de 7.500 startups no Brasil por meio de doações de mais de US$ 202 milhões em créditos de nuvem.