Nos anos 60, a fiel Rosie, de ‘Os Jetsons’, era um verdadeiro sonho: o robô da família futurista fazia o trabalho de casa e também ajudava com as crianças. Nos anos 70, os robôs C-3PO e R2-D2, da saga Guerra nas Estrelas, eram companheiros leais em todas as aventuras espaciais de Luke Skywalker. Já em 2008, o esperto WALL-E, limpava a sujeira deixada pelos seres humanos no planeta Terra. Esses são apenas alguns casos de robôs que desde sempre encantam e estimulam a curiosidade de jovens e crianças.
Por mais simples que possa ser, montar um projeto de robô envolve os conceitos fundamentais da ciência: observação e experimentação. A robótica educacional pode ser o primeiro passo para fazer as crianças se interessarem pelos assuntos ‘STEM’ – Science, Technology, Engineering and Mathematics, da sigla em inglês. Por ser um instrumento interativo e multidisciplinar, aumenta a criatividade e ajuda os alunos a aprimorarem algumas competências, como resolver problemas e trabalhar em equipe.
“Diferente do que muitos acreditam, o pensamento computacional não está ligado somente à tecnologia e programação”, afirma Edgard Luz, diretor do colégio Adventista de Diadema e responsável pelo ensino de robótica nas salas de aula. “Durante a infância, essas aulas ajudam a desenvolver a coordenação motora, influenciam positivamente na escrita e melhoram as habilidades que envolvem raciocínio lógico”, aponta.
Observando o retorno positivo, a rede Adventista faz questão de manter as aulas de robótica junto com a grade de matemática. “Dentro da aula de matemática o professor usa a robótica como uma ferramenta para complementar aulas específicas”, explica Marizane Piergentille, diretora de educação da rede Adventista do ABCDM e Litoral.
Alguns estudantes têm mais facilidade em assimilar as matérias com conteúdos mais objetivos, enquanto outros se destacam em disciplinas mais práticas. Devido a essa diversidade de alunos é essencial que as escolas ofereçam outras formas de aprendizagem, aumentando o potencial de cada um. “A robótica educacional, ou seja, a criação de sistemas de robôs, é uma forma de proporcionar uma estrutura variada de ensino, que posiciona o aluno no holofote do protagonista no meio da sua jornada de educação”, finaliza a diretora.