Em 2021 foi muito comum ver várias mulheres realizando a cirurgia de retirada de silicone das mamas. Porém, para 2022 a tendência é que muitas pacientes retornem aos consultórios para recolocar as próteses. O cirurgião plástico Dr. Luiz Haroldo Pereira, pioneiro da lipo no Brasil, está percebendo esse movimento de volta agora no início do ano. O médico, com mais de 40 anos de experiência, acredita que isso está ocorrendo devido a uma insatisfação de muitas mulheres com a falta de volume na região dos seios:
“Eu e outros colegas cirurgiões estamos percebendo, que muitas pacientes, que retiraram o implante de silicone no ano passado estão retornando aos consultórios médicos insatisfeitas ou arrependidas. Me lembro que há muitos anos várias pacientes queriam diminuir o tamanho dos seios e realizavam cirurgias plásticas. Depois de uns 20 anos, quando entraram as próteses mais modernas, essas pacientes voltaram aos nossos consultórios para realizar implantes, acredito que o mesmo esteja ocorrendo agora.”
Para aquelas mulheres que fizeram a retirada da prótese, o médico explica que não existe qualquer contra indicação, basta a vontade da paciente e claro um profissional de qualidade:
“É possível fazer uma incisão inferior, média ou em volta da aréola. Se for feito por um cirurgião experiente não existe nenhuma contra indicação para a recolocação do implante. Essa é uma cirurgia que a gente faz com muita tranquilidade.”
Tempo de espera, tamanho e cuidados.
Em qualquer cirurgia o tempo de cicatrização leva de 4 a 6 meses. Quem fez a retirada do silicone deve esperar para procurar um especialista para avaliar se é possível colocar outra prótese nas mamas.
Na hora de recolocar o silicone podem surgir dúvidas em relação ao tamanho. Uma das maiores referências nacionais em cirurgias como lipoaspiração, lipoenxertia, próteses de silicone, cirurgias de face e gluteoplastia, Dr. Luiz Haroldo revela que na hora da retirada os cirurgiões costumam preencher o espaço vazio com um pouco de gordura, então a paciente poderia colocar uma prótese menor, mas isso não é uma regra:
“É necessário que o médico converse com a paciente sobre o tamanho desejado. Vamos supor que ela tivesse uma prótese de 280ml, possivelmente poderá colocar uma de 220ml ou 240 ml, isso é uma escolha dela com o cirurgião. Porém, ela também poderá aumentar ou diminuir o tamanho, sem problema algum.”
Para os médicos é preciso ter atenção em relação à escolha de onde será feita a incisão:
“Os cuidados para a recolocação são, primeiro ter experiência e ser um bom profissional. Segundo, saber que foi feito um corte naquela região, que tem um processo cicatricial e escolher a melhor via de acesso”.
Tamanho da cicatriz
Em relação a cicatriz, ele tranquiliza as pacientes. Segundo o cirurgião o corte na região dos seios não será maior ou do mesmo tamanho da anterior:
“Poderá até ser menor, somente utilizando uma parte da cicatriz da primeira cirurgia. Isto porque o implante é recolocado no subcutâneo ou no retro mamário, em baixo do músculo ou atrás da gordura e da glândula mamária.”
Cirurgia e pós-operatório
Para realizar o procedimento é necessário a internação durante 1 dia, o procedimento demora cerca de 1 hora e o tempo de recuperação é de 10 a 15 dias, em alguns casos até antes, dependendo da experiência do cirurgião e da resposta da paciente.
Dr. Luiz Haroldo ressalta que por ser uma operação que paciente já realizou anteriormente a recuperação pode ser bem mais leve:
“O pós-operatório nesse caso é mais simples e menos complicado. Como será feito um acesso e a colocação do implante, costuma ser um processo sem grandes problemas. Depois de uns 20 dias a paciente irá retornar a suas atividades normais, sem nenhum problema.”
Dr. Luiz Haroldo Pereira, que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. Ele se especializou na França, onde participou da equipe do Dr. Pierre Fournier. O médico tem mais de 25 artigos publicados nas mais diversas e importantes revistas nacionais e internacionais sobre cirurgia plástica e é autor de vários capítulos de livros sobre lipoaspiração, lipoenxertia, próteses de silicone, cirurgias de face e gluteoplastia, sendo considerado fonte no Brasil para todos estes assuntos.
Ele já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspiração, implantes de silicone e outros procedimentos.