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Nos casos em que se lê letras pretas sobre o papel branco, ou seja, com grande contraste, o colírio parece ser bem eficiente, porém, em outros contextos não garante 100% que se possa aposentar os óculos para leitura.
De acordo com Dr. Hallim Féres Neto, oftalmologista, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, os voluntários do teste clínico foram selecionados excluindo diversas alterações oftalmológicas, além de cirurgias prévias.
Pessoalmente, por ter mais de 40 anos, o médico está ansioso para experimentar o colírio. “Estou otimista, mas creio que será um auxílio, algo complementar para substituir os óculos de leitura ao menos durante o dia, por 8 a 10 horas. Acredito que, pela noite, ainda indicarei utilizar os óculos”, opina.
“Ainda não há previsão para lançamento dessa medicação no Brasil, cujo princípio ativo é a pilocarpina, uma medicação segura já indicada para outras doenças no passado, como o glaucoma”, explica o oftalmologista.
Ele informa ainda que outras duas medicações para a mesma finalidade estão em testes nos Estados Unidos. “Elas estão em testes de fases 2 e 3. Uma delas deverá ser mais eficiente que a pilocarpina, porém ainda sem data para terminarem os testes e, então, ter a aprovação do FDA”, menciona.
Como age o tal colírio?
Ele explora a capacidade dos olhos de reduzir o tamanho da pupila e isso permite às pessoas se concentrar em diferentes pontos naturalmente.
Os frascos do colírio duram até 30 dias de uso e tem preço de venda de 80 dólares, o que equivale a cerca de 450 reais. Talvez esse preço seja mais caro que comprar óculos, mas está abaixo ou perto do que se paga por lentes de contato.
O colírio requer um intervalo de uso de 6 a 10 horas entre uma aplicação e outra do produto.
Dr. Hallim Féres Neto – Oftalmologista Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia
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