Em um momento de piora econômica – com registro de queda de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no 3º trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados no início do mês, o que representa a chamada recessão técnica -, com a inflação crescente e as altas taxas de desemprego, ocorreu um expressivo aumento do número de brasileiros que estão endividados, sendo que muitos recorrem ao crédito rotativo e outras formas de obtenção de crédito. Segundo pesquisa de outubro da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 74,6% das famílias brasileiras estão endividadas, um aumento de 0,6 pontos percentuais na comparação com setembro e de 8,1 pontos quando comparado com o mesmo mês de 2020.
O crédito rotativo do cartão é oferecido pelas operadoras quando o cliente não consegue pagar a fatura por inteiro e desta forma, faz um pagamento parcial ou mínimo da conta. Funciona como uma espécie de empréstimo a curto prazo e o saldo devedor é deixado para ser pago na fatura seguinte. Somente no mês de outubro deste ano, o montante de dívidas nessa modalidade alcançou R$ 21,6 bilhões, maior valor da série histórica do Banco Central, 29,9% superior ao do mesmo mês de 2019, antes da crise sanitária e econômica decorrente da Covid-19.
Considerado o mais caro do mercado, essa modalidade de acesso ao crédito acaba sendo desvantajosa para o consumidor pelo fato de ser uma transação na qual são cobrados uma série de encargos, que encarecem e muito o valor final a ser pago. A taxa de juros no mês de outubro do rotativo chegou a 343,55% ao ano, sendo a mais alta desde 2017 e muito acima da média de 23,21% de todas as operações do sistema financeiro.
Para evitar cair no rotativo, o consumidor deve ter cautela em seu planejamento financeiro e isso começa no dia a dia. “Evitar realizar compras parceladas é uma das principais formas de evitar o endividamento. Por essa razão, é importante realizar antes as contas para saber se a dívida que pretende fazer, está dentro do seu orçamento. Uma dica é se perguntar se o valor pode ser quitado à vista no momento que a fatura chegar. Outra ação simples que ajuda e muito nessa dinâmica é acompanhar os gastos constantemente no aplicativo do seu cartão de crédito”, orienta Andrea Avedissian, brand manager na Zippi, fintech que oferece o único cartão de crédito com fatura semanal.
Outro passo importante é manter um calendário mensal para não ter que passar por apuros financeiros e recorrer ao rotativo. Procure guardar pelo menos 10% de sua renda e fazer um investimento sem risco e que possa resgatar rapidamente como o Tesouro Direto Selic, por exemplo. Assim, você pode utilizar essa reserva em um momento de emergência.
Dos investimentos em renda fixa, o Tesouro Direto Selic é um dos mais conhecidos e permite que pessoas físicas e jurídicas comprem títulos públicos emitidos pelo governo. A sua rentabilidade está atrelada à Selic, a taxa básica de juros da economia, que está elevada e deve ser ainda maior em 2022. É uma forma de investimento altamente recomendada para iniciantes, que não tem tanto conhecimento no assunto, pois são considerados seguros e com risco de perda praticamente inexistente.
Outra opção interessante é o investimento em um consórcio para conseguir adquirir algo que se tem vontade, mas que ao mesmo tempo não se tem condições financeiras para a compra imediata. “Num ambiente econômico complicado como o atual, uma solução vantajosa para a aquisição de um bem a longo prazo é o consórcio, já que não há a necessidade de entrada, nem cobrança de juros como um financiamento e ainda ajuda na organização e no planejamento financeiro”, aconselha Eduardo Rocha, CEO do Klubi, fintech de consórcio com experiência 100% digital.
Sobre a Zippi
A Zippi é uma fintech que oferece o cartão de crédito semanal para autônomos. O objetivo da empresa é ser o ponto de apoio para esse trabalhador, proporcionando maior controle financeiro, menores taxas e um prazo de pagamento de fatura que acompanha o seu fluxo de trabalho.
Sobre o Klubi