foto de Ksenia Chernaya no Pexels
O avanço da imunização, junto ao retorno às atividades presenciais, fez o consumidor voltar às compras presenciais em todo o Brasil, principalmente no varejo de moda. A partir de agora, com a aproximação de datas importantes para o comércio, cresce a expectativa dos varejistas em relação ao aumento das vendas. O setor se beneficia, em dezembro, de dois grandes movimentos observados nas lojas, primeiro com as compras para o Natal e, depois, a demanda motivada pela virada do ano. Mas e como ficam os meses após essas datas?
No varejo de moda, as vendas realizadas no crediário nessa época do ano são importantíssimas, pois gera recorrência, leva o cliente de volta para a loja no primeiro trimestre do ano seguinte e pode garantir um bom fluxo de caixa. Por isso, é necessário fazer um bom proveito dessas datas, já que todo início de ano tende a ser mais desafiador para o varejo como um todo.
Por exemplo, uma boa estratégia a ser utilizada pelos lojistas é a venda no crediário. Para “garantir” o retorno do seu cliente no início do ano, realize parcelamentos de compras entre quatro e cinco vezes. Já nas vendas de Natal e Ano Novo ofereça parcelamento em, pelo menos, até três vezes. Dessa forma, é possível estimular o retorno desse cliente para dentro da loja até março de 2022 – se ele não optar por pagar digitalmente.
No nosso calendário existem uma série de datas comemorativas que fazem a roda do comércio varejista girar com mais velocidade. No entanto, no primeiro trimestre do ano não há nenhuma efeméride para alavancar as vendas no varejo de moda. Esse movimento mais forte começa na segunda quinzena de abril em diante, especialmente em maio, por conta do Dia das Mães.
Outra prática para atenuar o fluxo de caixa no início do ano é a criação de promoções em janeiro, visando a queima de estoque. Mas é importante que as lojas também tenham outras estratégias como, por exemplo, a oferta de brindes atrativos e que tenham valor para os clientes, tudo isso para mantê-los dentro da loja nos momentos de menor fluxo.
Outro ponto é que as vendas realizadas de dezembro são importantes também para recuperação de crédito. Neste mês, normalmente, os clientes utilizam décimo terceiro e férias para quitar as dívidas. Em razão disso, é válido que a loja pense não só em ações de vendas, mas também em uma ação de recuperação de crédito.
Por fim, a inadimplência é um fator de atenção para todo o setor, especialmente para a modalidade de crediário no varejo. Em janeiro e fevereiro é comum que o índice de inadimplência seja mais alto, uma vez que as despesas de início de ano acabam pesando no bolso dos brasileiros. Certamente, esse é um desafio às tradicionais vendas de fim de ano, mas que com estratégia e olhar atento, os lojistas podem ter sucesso nas vendas nessa reta final e no início do próximo ano.
*Jeison Schneider é sócio-fundador e CEO do Meu Crediário, proprietário de um sistema de gestão especializado no crediário próprio multicanal e pioneiro na modalidade ‘buy now pay later’ no Brasil. Jeison tem mais de 15 anos de experiência profissional na liderança de softwares de gestão de risco para crediário no Brasil.