São Paulo, novembro de 2021 – Comprar o primeiro carro ou trocar por um modelo mais novo está nos planos de muitos brasileiros, mostrando, aos poucos, uma retomada neste mercado. Segundo ranking da Fenabrave (Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores), em comparação com setembro, o mês de outubro teve um crescimento de 5,44% nas vendas, com 150.079 emplacamentos. Seja para trabalhar ou apenas para passear, muitos brasileiros sonham com um veículo novo. O consórcio e o financiamento podem ser opções para quem deseja adquirir o produto. Para Luís Toscano, vice-presidente de negócios da Embracon, uma das principais administradoras de consórcios do país, afirma que antes de escolher uma das modalidades de compra, é importante entender as características de cada uma delas, para saber qual a ideal, de acordo com o perfil e com o desejo do consumidor.
O consórcio é uma espécie de autofinanciamento. A pessoa determina o valor do bem e quantas mensalidades deseja pagar, de acordo com as possibilidades oferecidas pela administradora, que é responsável por fazer a gestão do grupo de pessoas participantes e dos recursos. A contemplação pode acontecer de duas formas: por sorteios mensais onde todos do grupo têm as mesmas chances, ou por meio de uma oferta de lance, que é um valor a mais que cada consorciado pode oferecer. Ao ser contemplado, o consorciado passa por uma análise de crédito e, se for aprovado, pode utilizar a carta de compra para negociar o veículo com o proprietário ou com a concessionária.
As cotas de veículos leves correspondem a 50% de consórcios no país, com mais de 4 milhões de vendas ao longo de 2021. No consolidado de janeiro a setembro , a ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) também apresentou resultados positivos. O volume de créditos comercializados atingiu R﹩ 54,03 bilhões, representando um crescimento de 24,4%. Já a quantidade de novas cotas cresceu 14,9% até o momento. Só a Embracon teve um crescimento de 17,5% em relação ao trimestre anterior.
O financiamento é um sistema de crédito disponibilizado pelos bancos, que permite que a compra de um bem seja parcelada. O serviço é aprovado diante de uma análise de crédito conforme o perfil do cliente. O valor do financiamento, taxas e período para quitar a dívida são determinados pelo banco e variam de acordo com a negociação feita com a instituição bancária. O financiamento permite que a pessoa adquira o automóvel assim que o contrato é assinado.
Segundo dados divulgados pela B3 , o financiamento de veículos, que inclui automóveis leves, motos e pesados, teve um crescimento de 26% no primeiro trimestre de 2021, foram 2,9 milhões de unidades entre novos e usados. Somente os financiamentos de veículos leves subiram 10,6%.
Para Toscano, o valor da entrada, a taxa de juros e o prazo para adquirir o automóvel são os grandes diferenciais de cada modalidade de compra. “No consórcio, não é preciso iniciar com um grande investimento, pois é necessário somente efetuar o pagamento mensal das parcelas. Além disso, o consorciado não precisa se preocupar com o juros, ele só precisa pagar pela taxa de administração e pelo fundo reserva. No entanto, a aquisição não é imediata como no financiamento. Para ser contemplado mais rápido é preciso ter um valor para fazer o lance ou contar com a sorte”, explica o executivo.
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