A fisioterapia para atletas possui um papel de extrema relevância na prevenção e no tratamento de lesões, principalmente em atletas de alto rendimento, que costumam fadigar seus músculos em treinos e competições exaustivas, sempre em busca do melhor rendimento.
Por isso, cada esporte exige um planejamento e tratamento específico por parte do especialista. “Esportes como corrida, vôlei e futebol, por exemplo, costumam gerar lesões nos ombros, quadris, joelhos e tornozelos e quando não tratados de forma correta, podem evoluir para distúrbios e patologias mais graves.”, explica Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor do ITC Vertebral de Guarulhos.
Mais do que reabilitar, a ideia da fisioterapia é garantir um retorno as condições plenas e o avanço para à mais alta performance, independente do estilo de competidor. E mesmo em busca do melhor resultado, como especialista, é importante reforçar que existe um limite para os treinos.
“Essa afirmação é mais difícil do que parece e chega a ser polêmica, já que muitas pessoas utilizam essa pergunta para fazer posts motivacionais nas redes sociais. Mas é possível observar tendências de platô com o avanço na modalidade ou lesões recorrentes que acabam afastando o atleta da prática, justamente porque os limites foram ultrapassados gerando o famoso e temido: overtraining”, explica Bernardo Sampaio.
O cansaço e a fadiga são grandes alertas que ajudam o atleta a identificar se está chegando em seu limite. Mas para ter um diagnóstico certeiro é importante ficar atendo a outros indicadores, circunstâncias e o contexto da atividade.
Para que você consiga ficar em alerta com os indicadores, o fisioterapeuta trouxe um compilado de dicas sobre o assunto. Confira:
– Mente: Quando estamos saindo de nossa zona de conforto, em uma situação de desafio e cansaço, como a prática de esporte, a nossa mente tende a nos mandar uma “mensagem”. Por isso, fique de olho! Se isso ocorrer, a dica é mudar o foco do pensamento.
– Esforço: Você sabia que existe uma escala quem que conseguimos avaliar a Percepção Subjetiva de Esforço (PSE)? Ajuda nos parâmetros dos exercícios, mas como o nome já diz, ela é subjetiva. Quanto maior o número mostrado na escala, maior o esforço, e quanto maior for esse esforço, por menos tempo conseguimos a prática esportiva nesse nível.
– Fadiga: Se exercitar e ficar com o folego curto, é uma sensação horrível, certo? A qualidade e o aproveitando da qualidade da atividade cai, o desempenho tende a cair e o nível de atenção também, por isso, se sentir que a qualidade da performance na atividade não está a mesma, talvez seja o momento de para um pouco e descansar.
– Desconforto: Em relação a esse quesito, apenas você sabe o que está em jogo e o quanto aquilo vale, mas observe os riscos e os benefícios que a atividade trás ao seu bem-estar. Ficar com um pouco de desconforto pode ser ok, principalmente se isso é transitório e pode ser recuperado depois. Mas é claro que se começar a entrar numa zona arriscada, pare e descanse, o seu corpo dará sinais e vai dar um jeito de te parar.
– Dor: Se você persistir no passo anterior, o desconforto, isso pode crescer e se tornar algo mais que desagradável, fazendo com que você tenha câimbra, lesão, enjoo e em último caso até mesmo um desmaio. Fique de olho nos alertas que o seu corpo dá, sua cabeça pode continuar, mas em algum momento seu sistema nervoso vai chegar no limite e pode te fazer parar.
Por fim, o fisioterapeuta esportivo revela que o melhor a fazer é preparar o corpo para esse avanço e sempre respeitar o seu limite. Para saber mais sobre doenças, tratamentos, dicas, acesse: www.institutotrata.com.br
Bernardo Sampaio: Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br