Pesquisa foi realizada pela 99 para seu Guia da Comunidade, documento que visa combater discriminação na plataforma
Locais onde mais se presencia racismo são comércios como lojas, shoppings e mercados, além de transportes públicos
Carros por aplicativo estão entre os meios de locomoção considerados mais seguros por pessoas pretas e pardas
foto de Mikhail Nilov no Pexels
São Paulo, 11 de novembro de 2021 – Uma pesquisa realizada com usuários da 99 e outros transportes por app revelou que o medo de ser vítima de casos de racismo já fez com que 24% dos negros (pessoas que se autodeclaram pretas e pardas) evitassem usar algum tipo de transporte.
Os meios mais evitados são ônibus (40%), vans (13%) e metrô (10%). O levantamento faz parte do Guia da Comunidade 99, um documento que visa promover o respeito entre os usuários da plataforma combater a discriminação, e foi realizado para entender como o preconceito racial impacta a mobilidade urbana.
O estudo revelou ainda que, dentre o total de entrevistados, 54% acreditam que a sociedade é racista e 46% que somente algumas pessoas o são. No entanto, apenas 1,5% admitem que são eles mesmos preconceituosos.
Para a amostragem, foram aplicados questionários online, no final do mês de outubro, e os dados reúnem 1308 respostas de usuários de carros por aplicativo de todo o país (da 99 e de outras plataformas). Do total, 42% dos passageiros e 58% dos motoristas se declaram pretos ou pardos.
Quase metade (46%) de todos os respondentes já presenciou um ato de racismo em ônibus, trem, vans e metrô, e 1 em cada 5 negros afirma que já foi vítima de discriminação nesses locais. O levantamento também revelou o preconceito em estabelecimentos comerciais: 49% já presenciou em lojas e shoppings e 48% em mercados.
Para as pessoas negras, esses são os lugares onde mais acontece racismo: 33% e 26% já foi discriminada neles, respectivamente. “Eu (preto) e meu primo (branco) estávamos discutindo no shopping e o segurança abordou ele perguntando se eu estava incomodando”, relata um dos respondentes.
Em contrapartida, carro próprio e carros por app foram os meios citados como os mais seguros em relação ao racismo, com 72% e 32% das respostas.
“A pesquisa fortalece a necessidade de investirmos no combate ao preconceito, seja promovendo o respeito através de materiais como o Guia da Comunidade 99, seja aplicando uma política de tolerância zero em casos de discriminação”, diz Erica Tavares, Gerente Sênior de Experiência do Usuário da 99 e integrante do 99Afro, grupo que promove a diversidade e equidade racial na empresa. “É missão de todos incentivar a diversidade para uma sociedade mais inclusiva.”
Maioria acredita que educação é melhor forma de combater racismo
Acerca da melhor maneira de combater o racismo, 66% dos passageiros e 56% dos motoristas pretos e pardos responderam que o caminho é a educação sobre diversidade nas escolas. Na sequência, 52% dos passageiros e 45% dos motoristas acreditam que investir em campanhas de conscientização é a melhor saída.
Para incentivar a diversidade e combater o preconceito, a 99 investe continuamente na promoção de respeito, gentileza e empatia nas corridas. Em parceria com o Instituto Ethos, a companhia criou o Guia da Comunidade 99 , que tem como objetivo conscientizar mais de 20 milhões de passageiras, passageiros e motoristas.
O documento, promovido através de campanhas no app e outras mídias, fomenta os comportamentos esperados na plataforma e dá dicas práticas de combate ao racismo e outras formas de discriminação.
“O objetivo da 99 é criar um círculo virtuoso de gentileza para que a gente tenha uma plataforma e também uma sociedade melhores”, afirma Erica Tavares. “Todas as pessoas, sejam motoristas ou passageiros, devem se tratar com respeito e respeitar as diferenças, pois na nossa comunidade há espaço para todo mundo.”
SOBRE A 99
A 99 é uma empresa de tecnologia que oferece conveniência e soluções para as necessidades dos brasileiros. O aplicativo faz parte da companhia global Didi Chuxing (“DiDi”) e no Brasil conecta milhões de pessoas a serviços de mobilidade, pagamentos e entregas.