Estar conectado traz muitos benefícios e informações. No entanto, também traz alguns riscos dos quais é preciso se proteger. Com o avanço das mídias sociais e o crescimento das tecnologias de comunicação, muitos dos comportamentos que aconteciam apenas na vida real passaram a fazer parte também do mundo online, como o cyberbullying.
O termo refere-se ao temido bullying, mas realizado por meio das tecnologias digitais, sejam elas as mídias sociais, plataformas de mensagens, de jogos ou celulares. Segundo Paula Clarissa Bispo, psicóloga do Sistema Hapvida, trata-se de um comportamento repetido, com intuito de assustar, enfurecer ou envergonhar aqueles que são vítimas.
“O cyberbullying é todo tipo de comportamento vexatório, constrangedor, humilhante, com o objetivo de inferiorizar e menosprezar o outro. Esse comportamento é realizado online, por meio das plataformas que utilizamos diariamente, como as redes sociais, plataforma de jogos e entretenimento, em que a pessoa é humilhada repetidamente”, explica.
Alguns exemplos de cyberbullying incluem espalhar mentiras ou compartilhar fotos constrangedoras de alguém nas mídias sociais; enviar mensagens que humilham; ou criar perfis falsos ou se passar por outra pessoa para enviar mensagens maldosas aos outros.
Por isso, segundo a psicóloga do Hapvida é importante estar sempre atento, pois este bullying pode trazer prejuízos à saúde mental das vítimas. “Dentre os principais estão o sentimento de incapacidade e inferioridade; tristeza constante; exaustão; abandono das atividades que costumava fazer e davam prazer; desencadeamento de transtornos de ansiedade; depressão; e, em alguns casos, pode levar até ao suicídio”, alerta.
Paula frisa que é comum que pessoas que passam por esse tipo de situação não procurem ajuda, porque se sentem constrangidas ou acreditam que não serão ouvidas. “No entanto, ao perceber que alguém está passando por esta situação ou se você está passando por ela, não hesite em oferecer ou procurar ajuda. E denuncie! O cyberbullying traz prejuízos à saúde mental e a pessoa pode precisar de acompanhamento médico psiquiátrico ou psicológico durante muito tempo”, conclui.