Por Rosangela Sampaio
O surto mundial da doença Coronavírus (COVID-19) é uma fonte inesperada de estresse e adversidade para muitas pessoas.
A resiliência pode nos ajudar a superar as adversidades, mas ela não é algo com que já nascemos: é construída ao longo do tempo, à medida que as experiências que temos interagem com a nossa composição genética individual e única.
É por isso que todos nós respondemos ao estresse e às adversidades, como o da pandemia, de maneira diferente.
Pense na resiliência como uma gangorra ou escala de equilíbrio, em que experiências negativas inclinam a escala em direção a resultados ruins e experiências positivas a inclinam em direção a bons resultados.
O ponto onde a escala se equilibra é chamado de “fulcro” e, se estiver mais para um lado ou para o outro, pode tornar mais difícil ou mais fácil inclinar a escala de resiliência para o positivo.
O ponto de apoio de todos está em um lugar diferente, ou seja, está aí a explicação de o porquê cada pessoa é diferente na facilidade com que podemos contrabalançar as dificuldades da vida.
A boa notícia é que o ponto de apoio pode ser movido com o desenvolvimento de um conjunto de ferramentas de habilidades que você pode usar para se adaptar e encontrar soluções.
Então, o que podemos fazer para construir e fortalecer a resiliência agora, durante a pandemia?
E como podemos construir resiliência para planejar com antecedência tempos de crises futuras?
Compartilho 5 dicas para que você desenvolva sua resiliência e habilidades de enfrentamento:
1 – Construa crenças positivas em suas habilidades: a autoestima desempenha um papel essencial no enfrentamento do estresse e na recuperação de eventos desafiadores.
Lembrar você mesmo de suas forças pessoais e realizações fortalece sua autoconfiança, capacidade de responder e lidar com crises, além de ser uma ótima maneira de construir resiliência para o futuro;
2 – Encontre um senso de propósito em sua vida: diante de uma crise ou tragédia, encontrar um propósito pode desempenhar um papel importante na recuperação.
Envolver-se em sua comunidade, cultivar sua espiritualidade ou participar de atividades que são significativas para você são algumas possibilidades;
3 – Desenvolva uma forte rede de network: ter pessoas carinhosas e solidárias ao seu redor atua como um fator de proteção em tempos de crise, por isso, é importante ter por perto pessoas em quem você possa confiar, pois permite que você compartilhe seus sentimentos, ganhe apoio, receba feedback positivo e discuta insigths e soluções possíveis para os seus problemas.
As atividades que realizamos com os amigos nos ajudam a relaxar e dar risadas, ou seja, isso estimula o sistema imunológico, que geralmente se esgota durante o estresse;
4 – Abrace a mudança: a flexibilidade é uma parte essencial da resiliência. Aprendendo como ser mais adaptável, você será melhor equipado para responder quando confrontado com uma crise de vida.
Pessoas resilientes costumam utilizar esses eventos como um oportunidade de se ramificar em novas direções. Embora algumas pessoas possam ser esmagadas por mudanças abruptas, indivíduos altamente resilientes são capazes de se adaptar e prosperar;
5 – Aceite as coisas que você não pode mudar: mudar uma situação desafiadora nem sempre é possível. Se for esse o caso, reconheça e aceite as coisas como elas são, concentrando-se em tudo o que você tem controle.
Portanto, tente aprender na vida com todos os momentos, sejam eles bons ou ruins. Podemos nos autoconhecermos e ressiginificarmos muitas coisas quando mudamos nosso olhar diante dos fatos.
Aproveite e confira mais dicas sobre resiliência no Programa Mulheres Em Flow sobre “Como Melhorar a Qualidade de Vida”.
Quem é Rosangela Sampaio?
Rosangela Sampaio é psicóloga (CRP06/130574) especializada em Psicologia Clínica e Positiva, atua com mentorias para o público feminino no projeto “Mulheres em Flow, é coach de carreira, além de apresentadora do programa Mulheres em Flow.
Também assina o capítulo “O poder do autoamor”, da obra “Autoamor – Um caminho para regulação emocional e autoestima feminina”, além da coordenação editorial e coautoria dos livros “Sem Medo do Batom Vermelho”, onde aborda a rivalidade feminina, e “Mulheres Invisíveis”, sobre violência contra a mulher.
Saiba mais em @rosangelasampaiooficial e @mulheresemflowoficial.