Os casos de Covid-19 vêm registrando alta, elevando a taxa de ocupação em leitos de UTI que, em vários municípios paulistas já atingiram 100% da capacidade de internações.
Em hospitais filantrópicos, por exemplo, representados pela Fehosp (Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Beneficentes do Estado de São Paulo), as Santas Casas de Marília e Votuporanga estão com ocupação máxima de pacientes graves da doença.
Dados mais recentes do Centro de Contigência do Coronavírus, divulgados em nota técnica no Diário Oficial do Estado, na última semana, apontam que a taxa de ocupação de leitos UTI Covid chegou a 100% nos municípios de Embu das Artes, Itaquaquecetuba, Américo Brasiliense, São Manuel, Artur Nogueira, Itatiba, Apiaí e Porto Feliz.
Já passando dos 90% estão as cidades de Araras (90,1%), Mairiporã (90,1%), Serrana (90,3%), Carapicuíba (90,8%), Tupã (91,4%), Promissão (94,2%), Avaré (94,3%), Valinhos (95,3%), Fernandópolis (95,7%), Cruzeiro (97,1%), Socorro (97,2%), Santa Cruz do Rio Pardo (97,4%), Amparo (98,2%) e Presidente Prudente (98,6%).
Diante da situação, o governo paulista confirmou que fará uma nova reclassificação do Plano São Paulo na sexta-feira (22).
O diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti, ressalta que o “cenário é o pior possível”.
“Infelizmente, muitas pessoas não se resguardaram durante o período das festas de fim de ano e os reflexos estão ocorrendo agora. A preocupação com o aumento de casos é ainda maior, pois nossas Santas Casas e hospitais filantrópicos, que atendem à mais da metade da demanda SUS, ficam ainda mais sobrecarregadas com o atendimento dos casos de Covid e, em um momento em que a pandemia se agravou, o governo paulista cortou 12% dos recursos de custeio que muitas de nossas instituições recebiam e que as ajudavam a sobreviver. O momento é de gravidade em todos os sentidos”, falou.