Ao contrário do que muita gente pensa, a internet não é uma terra sem lei. Acusações caluniosas e difamatórias recheadas de ódio estão cada vez mais sendo destiladas pela grande rede. Uma das práticas que se tornou muito comum no meio virtual é o chamado cyberbullying: intimidação, humilhação, exposição vexatória, perseguição, calúnia e difamação que acontece na internet, seja nas redes sociais, por e-mail ou por aplicativos de mensagens.
Para combater o mal, que, em inglês é formado da junção da palavra “cyber”, que significa comunicação virtual através de mídias digitais e “bullying” que é o ato de intimidar ou humilhar uma pessoa, uma empresa de serviços cibernéticos e judiciais passou a orientar as vítimas sobre como agir e punir agressores na justiça.
O neurocientista, filósofo, psicanalista e jornalista, Fabiano de Abreu foi vítima recente desse tipo de ataque. Proprietário da MF Press Global – grande empresa na área de comunicação digital conhecida nos meios de comunicação por colocar na mídia diversas personalidades e deter o recorde internacional na criação de personagens – Fabiano foi agredido virtualmente por usuários de uma rede social ao postar conteúdos em um grupo formado por pessoas que se dizem superdotadas.
“Acreditei que neste grupo encontraria pessoas para poder participar de uma pesquisa científica que estou desenvolvendo sobre QI lógico e inteligência plena. Mas o que aconteceu foi devastador: mentiram, induziram, insinuaram e debocharam coletivamente de mim, ferindo a minha honra, competência, e tentaram destruir a minha ética”, relatou. “Senti na pele o que muitos dos meus clientes sentem e isso fere, machuca psicologicamente e, como também profissional na área da ciência, sei que qualquer dano causado ao cérebro é irreversível, por mais que tenha facilidade no uso da inteligência emocional. Quanto mais correto uma pessoa procura ser, mais dói ser prejudicado por alguém”, finalizou.
Com diversos clientes em sua agência que o procuraram relatando terem sido vítimas do mesmo tipo de crime, Abreu passou a oferecer um suporte para combater estas agressões. Além do suporte jurídico, ele também conta com apoio de um perito digital, que consegue fornecer todos os dados para a polícia e a justiça.
O advogado especialista em crimes cibernéticos, Anselmo de Melo Ferreira Costa, que compõe a equipe, ressalta a importância de se fazer um boletim de ocorrência em delegacia quando se é vítima desse tipo de crime.
“Jamais apague o conteúdo. Armazene, tire prints do material, com data e horário, e guarde isso tudo. Materialize a prova, isso será essencial”, afirma. “Se for o caso, pode-se entrar também com ação judicial contra o provedor do serviço, como a operadora de telefonia, com o grupo no Facebook, contra a rede social para que possa rastrear dados do responsável pelo conteúdo enviado”, completa.