O Bullying se caracteriza por agressões, físicas ou verbais, intimidação e humilhação por parte de um agressor. No entanto, com a evolução tecnológica, este tipo de crime passou a expressar-se também através de meios digitais. E assim surgiu o Cyberbullying, onde os agressores recorrem a plataformas como redes sociais, chats, mensagens, entre outros, para levar a cabo as suas agressões às vítimas.
A pandemia e o isolamento social levaram a mudanças profundas nos modelos de trabalho, ao uso maciço de videoconferência, de reuniões e atividades onde as interações passaram a ser feitas somente por meio virtual. No entanto, ao mesmo tempo a falta de contato físico permitiu o agravamento de um problema ainda maior: o cyberbullying.
No Brasil, um levantamento realizado em 2018 pelo Instituto de Pesquisa Ipsos com um público entre 8 e 16 anos mostrou que 66% presenciaram casos de agressão na internet; outros 21% afirmam ter sofrido cyberbullying; 13% afirmaram zombar de alguém por sua aparência; 7% marcaram alguém em fotos vexatórias; 3% ameaçaram alguém; 3% zombaram alguém por conta de sua sexualidade.
O cyberbullying aliado às fake news tornam inseguro o mundo digital e podem afetar verdadeiramente a vida de quem é alvo desses ataques.
No entanto, tal prática pode ser vista em outros setores da sociedade, e não apenas envolvendo a população jovem. Para se ter ideia, agressões podem ocorrer até em meios onde se espera a participação de pessoas com grande desenvolvimento intelectual, e as agressões podem surpreender até quem jamais imaginava ser vítima desta situação. Assim foi o caso do jornalista que possui várias formações Fabiano Rodrigues, que, mesmo reconhecido pelos amplos conhecimentos em suas áreas, foi vítima de fortes ataques em uma rede social.
Segundo Fabiano Rodrigues, as agressões partiram em um grupo formado por pessoas que se dizem superdotadas: “Acreditei que neste grupo encontraria pessoas para poder participar de uma pesquisa científica que estou desenvolvendo sobre QI lógico e inteligência plena. Lá anexei uma matéria que falava sobre mim para que as pessoas pudessem saber quem eu sou e ter a devida credibilidade sobre meu nome. Além disso, poderiam comprovar que sou um cientista e tenho inclusive um centro de pesquisas”.
Porém, a recepção no grupo não foi a esperada, conta o cientista: “Fui atacado por pessoas que já me agrediram há mais de um ano, em um grupo de uma associação de pessoas inteligentes, que era algo bem restrito. O ataque deles parte por duvidam do número do QI publicado na imprensa, só que eu tenho testes e documentos que o comprovam. Mas, para eles, parece ser algo tão surpreendente que eles não aceitam.”. Além disso, Fabiano conta que nas críticas que recebeu, os agressores “questionaram algumas das minhas formações que adquiri ao longo desse ano, e não levaram em consideração a capacidade que tenho de estudar diversos cursos de forma simultânea, que foi uma maneira de exercer a minha saúde mental em meio à pandemia”.
Assim como uma bola de neve, as agressões contra Rodrigues só aumentaram: “Esses ataques foram tomando proporções e essas pessoas se juntaram a outras, prejudicando minha imagem”. O efeito disso foi preocupante, ele detalha: “Sempre procurei ter uma imagem intacta, de uma pessoa com valores morais e éticos, e que, acima de tudo, respeitasse os outros. Só que o meu senso de justiça foi afetado psicologicamente”.
A solução para esta situação de Cyberbullying, foi entrar com uma ação judicial contra os agressores: “Recorri ao meu advogado Anselmo Costa, ele é um profundo conhecedor das leis e tem equipes em mais de um país. Então, como a internet é um ambiente internacional, e possuo duas cidadanias, o processo correrá tanto no Brasil como em Portugal”, detalha.
O advogado Anselmo Melo Costa conta que a ação no Brasil foi distribuída na 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá nesta quarta-feira, dia 27 de outubro. Os agressores estão sendo processados pelos crimes de calúnia, injúria e difamação.
No caso de uma pessoa estar sendo vítima de cyberbullying, o advogado orienta a vítima a fazer um boletim de ocorrência em delegacia, com a indicação do suspeito. “Jamais apague o conteúdo. Armazene, tire prints do material, com data e horário, e guarde isso tudo. Materialize a prova, isso será essencial”, acrescenta. Se for o caso, pode-se entrar também com ação judicial contra o provedor do serviço, como a operadora de telefonia, com o grupo no Facebook, contra a rede social para que possa rastrear dados do responsável pelo conteúdo enviado.
Identificado o agressor, caberá ação judicial na esfera civil, com indenização, e ação judicial na esfera criminal, para punição do agressor. “Existe também a possibilidade de exclusão do conteúdo, por meio de notificação extrajudicial aos sites que hospedam o conteúdo ofensivo”, explica o advogado.
Também foi questionado por esses nomes um dos diplomas como de Rodrigues como psicólogo em uma universidade americana. O reitor desta universidade fez queixa-crime nos Estados Unidos, com denúncia no FBI e processo. Também disse que vai acionar o Ministério das Relações Exteriores.
“Crimes como esses em países como Estados Unidos e no continente europeu é gravíssimo e pode até mesmo impedir a entrada dessas pessoas nos países do bloco.” Disse o Dr. Italu Colares, Magnífico reitor da universidade EBWU.
Reitor de universidade processa 8 internautas no Brasil e nos Estados Unidos
Os ataques contra Rodrigues mencionaram diretamente suas formações junto à Emil Brunner World University, uma universidade americana para brasileiros não fluentes em inglês. Por lá, já passaram personalidades como Doctor Ray, Lair Ribeiro, Fernando Capovilla, dentre outros.
Conforme conta seu reitor, Dr. Italu Colares, atualmente a universidade conta com mais de 100 mil seguidores nas redes sociais, “possui a maior nota avaliativa da internet, além de ter mais de trinta diplomas reconhecidos dos programas de mestrado e doutorado por universidades brasileiras, incluindo universidades com conceito cinco na CAPES”.
Ter uma universidade tão bem conceituada em um país com grandes centros acadêmicos é motivo de orgulho para seu reitor. Mas, para manter o status e a qualidade do serviço, o trabalho é intenso, destaca Dr. Italu:
“O desafio se dá pelo fato de que a pessoa vai sair o mais breve possível da zona de conforto e do senso comum. O Brasil adota, principalmente, o sistema francês de ensino. E nós temos o sistema americano e uma familiarização com o sistema alemão, que entende que a pesquisa e o ensino caminham juntos de mãos dadas, acima dos interesses estatais. Então, o aluno realmente vai ser desafiado, vai ter que produzir, escrever e publicar muito”, completa.
Uma das críticas dos agressores contra Fabiano Rodrigues era acusar a EBWU de ser uma universidade com valores cristãos, mas, conforme mostra Italu Colares, esta é uma característica que vai muito além das críticas de alguns internautas e apresenta o quanto a religião foi fundamental para o crescimento dos centros acadêmicos:
“As primeiras universidades nasceram no seio da igreja. A universidade Harvard, por exemplo, nasceu no século XVII, e dois séculos depois é que o Brasil foi começar a ter uma primeira universidade. Dentro da igreja começaram a nascer os primeiros cursos de filosofia, teologia e direito, e daí, nasceram as primeiras universidades”. “É infundado esse preconceito contra a religião que vivemos hoje em pleno século XXI”, finaliza.