A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou, finalizada a 40ª Semana Epidemiológica, correspondente ao período de 27/09 a 03/10, quedas expressivas no número de casos (-37,5%) e mortes (-40,3%) referentes ao coronavírus. Os dados, que demonstram uma desaceleração do contágio em relação à semana anterior, aproximam a RMC da fase verde do Plano São Paulo, de acordo com infectologista da PUC-Campinas André Giglio Bueno. (VER NOTA COMPLETA)
“É provável que toda a região avance para a fase verde, permitindo, de maneira geral, uma taxa de ocupação maior dos estabelecimentos, bem como um horário de funcionamento próximo do normal para a maioria dos setores. É necessário reforçar, contudo, que as medidas de precaução devem continuar sendo adotadas de forma rigorosa, tendo em vista a possibilidade de aumento das aglomerações nos estabelecimentos “, diz o professor da Faculdade de Medicina.
O município de Campinas, que já havia anunciado o adiantamento da fase verde para a próxima sexta-feira (9), amparado nos últimos indicadores da doença e na taxa de ocupação de leitos de UTI (abaixo de 60%), voltou a exibir reduções expressivas de casos e mortes por coronavírus. De acordo com o levantamento do Observatório, foram notificados 517 casos e 22 óbitos ao longo da 40ª Semana Epidemiológica, decréscimos de 38,3% e 48,8%, respectivamente, comparando-se à semana anterior.
Apesar disso, a Prefeitura de Campinas adiou para 2021 o retorno das aulas presenciais da rede municipal. Para Giglio, não é possível prever o impacto da retomada para controle da pandemia. “Além disso, há heterogeneidade na capacidade das escolas de seguir com rigor os protocolos de segurança estabelecidos em cada município, sobretudo em termos de recursos humanos (em decorrência de afastamentos), estrutura física e disponibilidade de insumos”, pontua.
Composto por 42 cidades, o Departamento Regional de Campinas (DRS-Campinas) também teve baixa nas ocorrências de contaminações e mortes no período. A doença acometeu 2.549 pessoas (-37,2%), levando 78 delas à morte (-36,5% em relação à 39ª Semana). Em contrapartida, o DRS-Campinas continua sendo o segundo no Estado em números absolutos de casos e mortes, atrás apenas da Grande São Paulo.
Responsável pelas análises relativas à covid-19 na RMC, o economista Paulo Oliveira avalia que, apesar da possibilidade de maior flexibilização das atividades caso a região avance à fase verde, outras medidas serão necessárias para a recuperação econômica. “Será fundamental recuperar a capacidade de consumo das famílias, atingidas pelo desemprego e pelos ajustes nos contratos de trabalho, rever as políticas de gastos públicos, e prosperar, ainda, a recuperação da economia internacional”, frisa o docente extensionista.
Os dados atualizados sobre a covid-19 no Estado, inclusive referentes à RMC, podem ser obtidos no Painel Interativo do Observatório: https://observatorio.puc-
Observatório PUC-Campinas
O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.
A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC. As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.