São Paulo, setembro de 2020 – Dia 29 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Coração, data criada para destacar a importância de cuidar desse órgão ao longo de toda a vida. O alerta chega no mesmo mês em que duas figuras públicas de menos de 35 anos morreram em decorrência de paradas cardíacas enquanto realizavam suas atividades.
No dia 08, o triatleta catarinense Felipe Manente de apenas 31 anos morreu repentinamente durante um treino na piscina. Quatro dias depois, o músico de 34 anos Breno Braga, baterista da banda mineira Lagum, sofreu um mal súbito logo depois de um show e não resistiu.
Apesar de detalhes não terem sido divulgados, as duas perdas ocorridas na mesma semana chamam a atenção para um problema cada vez mais comum, o aumento do número de mortes entre jovens por problemas cardíacos.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, é registrada no país uma perda a cada 90 segundos.
E, segundo dados do Ministério da Saúde, os últimos sete anos viram um aumento de 13% nos casos de infarto em pessoas com menos de 30 anos.
Dr. Fabrício Assami Borges, cardiologista e coordenador médico da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Paula, diz que o quadro de infarto em pessoas com menos idade tendem a ser mais graves.
“No entanto, quando o corpo é mais jovem, ele tem maior capacidade de se recuperar.”
O infarto agudo do miocárdio é a lesão ou morte das células do músculo do coração em decorrência da falta de oxigenação. Ele acontece pela obstrução das artérias e interrupção passagem do sangue ou por um desequilíbrio entre a oferta e demanda de oxigênio.
Na maioria dos casos, a obstrução é causada por um coágulo decorrente de uma placa de gordura (ateroma) formada na parede interna das artérias.
O cardiologista afirma que o problema tem afetado cada vez mais jovens por conta de mudanças no estilo de vida.
“Atualmente, problemas crônicos de saúde que costumavam ser associados à maturidade já começam a aparecer mais cedo, como obesidade, hipertensão e diabetes. Isso se deve a fatores como piora da alimentação e sedentarismo”.
Estresse, tabagismo, consumo exagerado de bebidas alcoólicas e uso de drogas ilícitas aumentam os riscos para o coração. Entre os adultos até 40 anos também desempenham papel importante a genética e os problemas cardiovasculares congênitos.
Por isso, a prevenção deve começar cedo com a adoção de hábitos de vida saudáveis. O especialista alerta que é fundamental, a pessoas de todas as idades, realizar atividades físicas regulares, manter uma alimentação equilibrada, controlar o peso, pressão arterial e níveis de glicemia e de colesterol, além de manejo adequado dos níveis de estresse.
“Também é preciso chamar a atenção para a necessidade de se submeter check ups regulares desde o início da vida adulta. Com exames como eletrocardiograma e ecocardiograma, feitos de forma preventiva antes da apresentação de qualquer sintoma, é possível identificar precocemente cardiopatias congênitas e evitar que elas levem a episódios graves e até fatais”, explica.
Para pessoas com história familiar de doença cardíaca, os exames são ainda mais importantes.
Sobre o Hospital Santa Paula
O Hospital Santa Paula é um centro de excelência em saúde localizado na zona sul de São Paulo. Pertence à Rede Ímpar, que congrega 7 hospitais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal e que se uniu à DASA, líder em medicina diagnóstica no Brasil, com mais de 30 marcas de laboratórios no País e GSC Integradora de Saúde.
Inaugurado em 1958, tem como foco a alta complexidade, atuando em mais de 30 especialidades médicas, com destaque para Oncologia, Cardiologia, Neurologia e Ortopedia.
Com uma área de 18 mil metros quadrados, dividida em três edifícios, possui 200 leitos, sendo 50 deles destinados especificamente à Terapia Intensiva. Além disso, dispõe de Centro Cirúrgico com nove 9 salas de cirurgia e dez leitos de recuperação anestésica. Anualmente, realiza 9 mil procedimentos cirúrgicos, 14 mil internações e atende aproximadamente 100 mil pacientes no Pronto Atendimento. Conta com mais de 1,2 mil colaboradores diretos e indiretos e possui em seu corpo clínico 2,4 mil médicos cadastrados.
Em 2012 conquistou a certificação Joint Commission International (JCI) e em 2014 conquistou certificação JCI para tratamento de AVC. Em 2018, obteve o Selo Pleno do Hospital Amigo do Idoso, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Naquele mesmo ano, recebeu a Certificação Internacional da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) estágio 7 (grau máximo), uma das associações internacionais de maior prestígio mundial no setor de saúde. A instituição foi a primeira de São Paulo a conquistar o nível máximo da EMRAM – Electronic Medical Record Adoption Model -, se consolidando como hospital totalmente digital (paperless).